Vendo a vibração de certos católicos ditos conservadores com as
manifestações organizadas pelo “Movimento passe livre” em São Paulo, que
eclodiu em outras tantas por todo o país, penso ser importante alertar
para os seguintes aspectos:
1. O movimento é uma organização geneticamente revolucionária, regida pelos princípios do Fórum Social Mundial (cf. http://mpl.org.br/node/2). Sua organização é anárquica (http://mpl.org.br/node/5, vide “horizontalidade”) e seus esforços se colocam em sintonia com os dos demais movimentos de desintegração social, como o gayzismo, o laicismo beligerante, o etnicismo etc. (cf. http://mpl.org.br/node/1).
Embora alegue seu apartidarismo, confessa seu não antipartidarismo.
Parece tão ingênuo e impoluto… E o diz propositalmente para parecê-lo.
Mas…
O princípio para avaliar uma manifestação
de massa é o uso político que dela se faz, que quase sempre não
coincide com o motivo declarado explicitamente pelos manifestantes. De
modo que, acima de tudo, atente-se que a não dependência partidária
explícita não é sinônimo de independência da gerência partidária
implícita. Aliás, de onde vem o dinheiro usado pela organização? E o
comando para a mobilização das mídias, que acabaram se transformando em
meio direto de convocação das hostes?
2. As críticas dirigidas pelos
manifestantes ao PT são de que este não é tão comunista como queriam que
fosse. Sendo assim, a vitória não é do partido, mas da mentalidade
comunista, hegemonicamente presente na cultura popular. Este é o
resultado da não oposição ideológica à revolução gramsciana , há décadas
invicta em nossa nação.
3. Para quem pensa ser contraditório a
esquerda colocar-se contra si mesma, não se esqueça de que a psicologia
dialética é essencialmente suicida. Desta forma, na elaboração marxista,
o socialismo é apenas uma etapa autodestrutiva para a implantação do
comunismo; e aquela, estrategicamente, seria antecedida eventualmente
por outras etapas, de igual modo autoaniquilatórias. Portanto, o PT é
consciente de ser apenas uma etapa a ser superada naquele horizonte; e
isto não é acidental, é totalmente programado para ser assim.
4. Historicamente, o movimento revolucionário sempre trabalhou:
a) com uma dinâmica contraditória, para espalhar confusão e dissolução na sociedade;
b) com a matização dos mesmos preceitos
em modelos diferentes de radicalidade, para fugirem da acusação de
extremismo, enquanto falsamente se encaminham para a execução dos mesmos
objetivos;
c) com a implantação do vitimismo e da revolta, como elemento aglutinador de forças beligerantes;
d) fazendo com que este laboratório de
engenharia social culminasse com a eliminação de alguns de seus
opositores (a Igreja ou outras instituições conservadoras). Assim, por
exemplo, começaram a revolução francesa e a guerra civil espanhola,
todas, na origem, meras manifestações inocentes de vitimismo e, no fim,
assassinas e anticlericais.
fonte: http://fratresinunum.com/