domingo, 17 de abril de 2011

Maçonaria e Igreja

Não são necessárias muitas explicações para definir o que é a Maçonaria. Em poucas palavras, é uma sociedade secreta (ou discreta como muitos dizem), iniciática e ocultista/esotérica.

Só por ela ser uma sociedade de cunho ocultista/esotérico, embora muitos insistem em negar esta natureza e dizer que ela é na verdade uma sociedade filosófica e de altos estudos, já fica bem claro que ela não é adequada para os cristãos, entretanto o aprofundamento neste assunto é sempre relevante, já que a Maçonaria usufrui de certa popularidade e carisma.


Pra onde a Maçonaria leva seus aprendizes?

A Maçonaria pretende dar ao seu aprendiz conhecimentos elevadíssimos a respeito do universo, do cosmos e de tudo, para assim eleva-lo ao progresso individual e até, de uma certa forma, espiritual. Só isso já é suficiente para indicar o quanto a maçonaria é perigosa para o cristão, tendo em vista que o progresso na vida, ou no pós-vida, na matéria ou no espírito, assim como o conhecimento da verdade a respeito do universo e do cosmos, só pode ser recebido através do magistério da Igreja e de suas Santas Escrituras.

A Igreja e a Maçonaria

Ficando claro o que é e o que pretende a Maçonaria, torna-se desnecessário discutir muito a respeito da aceitabilidade ou não dela, pois ela é tão herética quanto qualquer outra sociedade secreta como a mesma (e pode-se dizer que há centenas delas por ai). Dito isto, por que a questão maçônica na cristandade é tão importante?

A verdade é que a Maçonaria através dos tempos se tornou extremamente atraente e popular na Civilização Ocidental. Os motivos são milhares, mas o principal deles é que a Maçonaria conquistou o carisma dos ocidentais no início da Idade Moderna como um decente e atraente clube de cavalheiros. Os clubes de cavalheiros se multiplicavam naqueles tempos como hoje se multiplicam bares e festas. Estes eram locais que homens respeitáveis se reuniam regularmente para conversar, aprender, fazer política e contatos. Normalmente eram clubes com regras de rigor e moral, solenidades e sua entrada era vínculada a um convite especial. A Maçonaria então, a despeito de outras de suas missões, servia muito bem como um elegante clube de cavalheiros.

Assim a Maçonaria conquistou a adesão de uma imensa parte da população da época e, graças ao seu vígor, suas regras e seu rigoroso sistema de passagem de autoridade, a Maçonaria sobreviveu durante séculos e sobrevive até hoje. E durante esses séculos muitos homens ilustres estiveram dentro da Maçonaria, entre eles, músicos como Bach e Louis Armstrong; escritores como Conan Doyle e Shakespeare, políticos como Abraham Lincoln, Benjamin Franklin, Winston Churchill e José Bonifácio; empresários como Henry Ford, monarcas como Edward VII da Inglaterra e Pedro I do Brasil; generais como Douglas MacArthur e Duque de Caxias; e até mágicos como Harry Houdini.

Foi isso que deu a Maçonaria esse ar de que sua influência é maior que o mundo todo e foi isso mesmo que colocou a Maçonaria no caminho da Igreja, pois cristãos e clérigos católicos e protestantes também entram na lista de maçons.

A Igreja contra a Maçonaria

A primeira igreja a acordar contra a Maçonaria foi a Igreja Católica que faz sua primeira condenação em 1738 através do papa Clemente XII. A bula papal é clara ao condenar as "sociedades dos citados Liberi Muratori ou Franco-maçons, ou de qualquer outra forma como sejam chamados" e declarar que são excomungados todos os cristãos que se mantém dentro da Maçonaria. Muitas outras condenações vieram depois, mas desde então fica claro que o católico que é maçon está automaticamente excomungado.

No Brasil é ilustre a história do bispo Don Vital, que chegou a ser preso por ensinar que a Maçonaria era condenável.

As Igrejas Protestantes vieram depois na sua condenação, embora com muitas dificuldades tendo em vista que a Maçonaria desde a Reforma sempre foi muito mais popular no seio protestante do que no seio católico. A Igreja Anglicana demorou muito para condenar a Maçonaria, isso porque os maçons na Inglaterra são muito numerosos e eles estão em todos os setores da Igreja da Inglaterra. Mas a condenação chegou em 1987 através de um estudo que durou 16 meses e concluiu que a Maçonaria é herética.

As igrejas calvinistas e presbiterianas em geral não vêem com bons olhos sociedades secretas, mas nas maiores igrejas presbiterianas, principalmente no solo do Reino Unido, dos EUA e do Brasil, também houveram muitas dificuldades para estabelecer uma condenação clara contra a Maçonaria pelo mesmo motivo da Igreja Anglicana: questões sociais, históricas e culturais.

A Igreja Presbiteriana da Escócia, a primeira, declarou inconsistência entre a fé apostólica e a Maçonaria em 1989, mas não foi enfática como a Igreja Anglicana que declarou heresia e excomunhão.

Nos EUA todos os ramos protestantes representado pelas denominações maiores, inclusive o presbiteriano, contam com a mesma dificuldade, com excessão das denominações menores e mais locais, especialmente no interior. No caso isso deve ao fato de, nos EUA, assim como em toda a América, ter havido muitos maçons em sua fundação, mas também pelo fato de que a maçonaria se tornou uma questão menor e pouco importante.

No Brasil a questão maçônica, no entanto, se tornou muito importante entre os ramos protestantes e principalmente na Igreja Presbiteriana do Brasil. Esta discutiu a maçonaria em seus concílios por mais de 100 anos. Seu primeiro questionamento foi em 1898 e a primeira recomendação contra ela foi feita em 1906 a até hoje vem sendo sempre reforçada. A última definição, de 2006, reforçou e declarou a incompatibilidade entre a Maçonaria e a fé cristã.

A questão maçonica na Igreja Presbiteriana do Brasil foi razão de vários cismas e grandes brigas dentro da igreja.

Outras igrejas como a Batista e Metodista também condenam a Maçonaria no Brasil e no mundo.

No Oriente, a Igreja Ortodoxa Grega condenou a maçonaria em 1933.

Conclusão

O cristão NÃO pode ser maçon e um maçon NÃO pode ser cristão.

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