domingo, 30 de outubro de 2011

Jesus Histórico

Outro dia recebemos de um nossos leitores um comentário a respeito de um de nossos posts  ( mais precisamente o que fala sobre a adolescência de Jesus ) considerando como falsas todas as hipóteses por ele apresentadas. Para ele, tudo o que se levanta sobre a pessoa de Jesus de Nazaré é uma mentira, pelo fato de que ele - simplesmente - nunca existiu.
O que pensar a respeito ?

A pessoa de Jesus Cristo sempre causou polemica. Diversas foram as disputas cristológicas mesmo dentro do seio da igreja. Podemos citar por exemplo: O adocionismo, o apolinarismo,  o trinitalismo, o sabelianismo, o marcionismo, o monarquianismo, o monofisismo , o nestorianismo, origenismo e o priscilianismo. Isso , só na antiguidade.
Atualmente, porém, as disputas se dão menos no campo da doutrina religiosa e o que mais se questiona no lugar de Sua natureza é a não existência de Jesus de Nazaré. 
Pois bem, além (é claro) das fontes bíblicas , há 5 documentos que mencionam direta ou indiretamente Jesus. Podemos citar entre os autores Públio Cornélio Tácito, Flávio Josefo, Plínio, o Jovem e outros. Tais documentos tem caráter histórico indiscutível.

Falemos primeiro do historiador judeu Flávio Josefo, que viveu ainda no primeiro século (nasceu no ano 37 ou 38)  e participou da guerra contra os romanos no ano 70, em seu livro Antigüidades Judaicas escreveu:
"(O sumo sacerdote) Hanan reúne o Sinedrim em conselho judiciário e faz comparecer perante ele o irmão de Jesus cognominado Cristo (Tiago era o nome dele) com alguns outros" (Flavio Josefo, Antiguidades Judaicas, XX, p.1, apud Suma Católica contra os sem Deus, dirigida por Ivan Kologrivof. Ed José Olympio, Rio de Janeiro 1939, p. 254).
Ainda no mesmo livro escreveu:

"Foi naquele tempo (por ocasião da sublevação contra Pilatos que queria servir-se do tesouro do Templo para aduzir a Jerusalém a água de um manancial longínquo), que apareceu Jesus, homem sábio, se é que, falando dele, podemos usar este termo -- homem. Pois ele fez coisas maravilhosas, e, para os que aceitam a verdade com prazer, foi um mestre. Atraiu a si muitos judeus, e também muitos gregos. Foi ele o Messias esperado; e quando Pilatos, por denúncia dos notáveis de nossa nação, o condenou a ser crucificado, os que antes o haviam amado durante a vida persistiram nesse amor, pois Ele lhes apareceu vivo de novo no terceiro dia, tal como haviam predito os divinos profetas, que tinham predito também outras coisas maravilhosas a respeito dele; e a espécie de gente que tira dele o nome de cristãos susiste ainda em nosos dias". (Flávio Josefo, História dos Hebreus, Antigüidades Judaicas, XVIII, III, 3 , ed. cit. p. 254).
Tácito, historiador , orador e politico romano, também fala de Jesus. 

"Para destruir o boato (que o acusava do incêndio de Roma), Nero supôs culpados e inflingiu tormentos requintadíssimos àqueles cujas abominações os faziam detestar, e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome lhes vem de Cristo, que, sob o principado de Tibério, o procurador Pôncio Pilatos entregara ao suplício. Reprimida incontinenti, essa detestável superstição repontava de novo, não mais somente na Judéia, onde nascera o mal, mas anda em Roma, pra onde tudo quanto há de horroroso e de vergonhoso no mundo aflue e acha numerosa clientela" (Tácito, Anais , XV, 44 trad, Gaelzer na Coleção Budé, apud Suma Católica contra os sem Deus p. 256).
Suetônio (nascido em 69 da era cristã) na "Vida dos Doze Césares", publicada nos anos 119-122, diz que que o imperador Cláudio "expulsou os judeus de Roma, tornados sob o impulso de Chrestos, uma causa de desordem"; e, na vida de Nero, que sucedeu a Cláudio, acrescenta: "Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplício" (Suetônio, Vida dos doze Césares, n. 25, apud Suma Católica contra os sem Deus, p. 256-257).
Plínio, o moço, em carta ao imperador Trajano (Epist. lib. X, 96), nos anos 111 - 113, pede instrução a respeito dos cristãos, que se reuniam de manhã para cantar louvores a Cristo (Cfr, Suma Católica contra os sem Deus,p. 257.

Bom, ai esta.
Documentos históricos, citações históricas , historiadores não cristãos ... Se tais provas podem ser questionadas... tudo mais o pode.


Nenhum comentário:

Postar um comentário