tag:blogger.com,1999:blog-44085821338652862202024-03-13T07:13:06.461-03:00Frater AlexanderSo Long, and Thanks For All the FishUnknownnoreply@blogger.comBlogger46125tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-52557997465079039032013-06-21T16:12:00.002-03:002013-06-21T16:19:23.831-03:00Manifestações do “Movimento passe livre”. <div style="text-align: justify;">
Vendo a vibração de certos católicos ditos conservadores com as
manifestações organizadas pelo “Movimento passe livre” em São Paulo, que
eclodiu em outras tantas por todo o país, penso ser importante alertar
para os seguintes aspectos:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1. O movimento é uma organização geneticamente revolucionária, regida pelos princípios do Fórum Social Mundial (cf. <a href="http://mpl.org.br/node/2" target="_blank">http://mpl.org.br/node/2</a>). Sua organização é anárquica (<a href="http://mpl.org.br/node/5" target="_blank">http://mpl.org.br/node/5</a>, vide “horizontalidade”) e seus esforços se colocam em sintonia com os dos demais movimentos de desintegração social, como o <i>gayzismo</i>, o <i>laicismo</i> beligerante, o <i>etnicismo</i> etc. (cf. <a href="http://mpl.org.br/node/1" target="_blank">http://mpl.org.br/node/1</a>).
Embora alegue seu apartidarismo, confessa seu não antipartidarismo.
Parece tão ingênuo e impoluto… E o diz propositalmente para parecê-lo.
Mas…</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O princípio para avaliar uma manifestação
de massa é o uso político que dela se faz, que quase sempre não
coincide com o motivo declarado explicitamente pelos manifestantes. De
modo que, acima de tudo, atente-se que a não dependência partidária
explícita não é sinônimo de independência da gerência partidária
implícita. Aliás, de onde vem o dinheiro usado pela organização? E o
comando para a mobilização das mídias, que acabaram se transformando em
meio direto de convocação das hostes?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2. As críticas dirigidas pelos
manifestantes ao PT são de que este não é tão comunista como queriam que
fosse. Sendo assim, a vitória não é do partido, mas da mentalidade
comunista, hegemonicamente presente na cultura popular. Este é o
resultado da não oposição ideológica à revolução <a href="http://www.olavodecarvalho.org/semana/991125jt.htm">gramsciana</a> , há décadas
invicta em nossa nação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
3. Para quem pensa ser contraditório a
esquerda colocar-se contra si mesma, não se esqueça de que a psicologia
dialética é essencialmente suicida. Desta forma, na elaboração marxista,
o socialismo é apenas uma etapa autodestrutiva para a implantação do
comunismo; e aquela, estrategicamente, seria antecedida eventualmente
por outras etapas, de igual modo autoaniquilatórias. Portanto, o PT é
consciente de ser apenas uma etapa a ser superada naquele horizonte; e
isto não é acidental, é totalmente programado para ser assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
4. Historicamente, o movimento revolucionário sempre trabalhou:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
a) com uma dinâmica contraditória, para espalhar confusão e dissolução na sociedade;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
b) com a matização dos mesmos preceitos
em modelos diferentes de radicalidade, para fugirem da acusação de
extremismo, enquanto falsamente se encaminham para a execução dos mesmos
objetivos;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
c) com a implantação do vitimismo e da revolta, como elemento aglutinador de forças beligerantes;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
d) fazendo com que este laboratório de
engenharia social culminasse com a eliminação de alguns de seus
opositores (a Igreja ou outras instituições conservadoras). Assim, por
exemplo, começaram a revolução francesa e a guerra civil espanhola,
todas, na origem, meras manifestações inocentes de vitimismo e, no fim,
assassinas e anticlericais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>fonte: </b> http://fratresinunum.com/</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-75736934907300457382013-05-21T21:41:00.001-03:002013-05-21T21:41:37.968-03:00Vaticano nega reconhecimento de novas ordens equestres e militares<div style="text-align: justify;">
Cidade do Vaticano, 16 out 2012 (Ecclesia) – O Vaticano informou hoje
que não reconheceu novas “ordens” equestres ou militares, como é o caso
dos templários, sejam elas de fundação recente ou medieval.</div>
<div style="text-align: justify;">
“A Santa Sé não garante a sua [das ordens] legitimidade histórica ou
jurídica, os seus fins ou estruturas organizacionais”, assinala um
comunicado divulgado pela Secretaria de Estado do Vaticano.</div>
<div style="text-align: justify;">
A <a href="http://press.catholica.va/news_services/bulletin/news/29850.php?index=29850&lang=po" target="_blank">nota oficial</a>
refere ainda que, “para evitar possíveis dúvidas”, se considera
“desapropriado o uso de igrejas ou capelas” para as chamadas ‘cerimónias
de investidura’ e sublinha que o Vaticano “não atribui absolutamente
nenhum valor” aos certificados ou insígnias oferecidos aos membros
destas ordens.</div>
<div style="text-align: justify;">
A Santa Sé diz reconhecer as suas próprias ordens equestres (Ordem
Suprema de Cristo, Ordem da Espora de Ouro, Ordem Pia, Ordem de São
Gregório o grande e Ordem do Papa São Silvestre) e, para além destas,
“apenas” a Ordem de Malta e a Ordem Equestre do Santo Sepulcro de
Jerusalém.</div>
<div style="text-align: justify;">
“A Santa Sé não pretende inovar, a este respeito”, adianta o comunicado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=92870</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-82123335219077323702013-04-26T14:25:00.001-03:002013-04-26T14:25:04.244-03:00Senado colombiano rejeita projeto de casamento gay<h2>
</h2>
<div style="text-align: justify;">
<em>Proposta recebeu 17 votos a favor e 51 contra e ultrapassou apenas um dos quatro debates necessários para se tornar lei</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://oglobo.globo.com/mundo/senado-colombiano-rejeita-projeto-de-casamento-gay-8203307" target="_blank">O Globo</a>
| BOGOTÁ — Na contramão de países como a França e o Uruguai, que
aprovaram recentemente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o Senado
da Colômbia rejeitou nesta quarta-feira um projeto de lei sobre
casamento igualitário. Apresentada pelo congressista Armando Benedetti, a
proposta recebeu 17 votos a favor e 51 contra. O projeto ultrapassou
apenas um dos quatro debates necessários para se tornar lei, e enfrentou
forte oposição da Igreja Católica e figuras proeminentes como o
procurador-geral Alejandro Ordóñez.</div>
<div style="text-align: justify;">
Após a votação, integrantes da comunidade
LGBT mostraram sua reprovação na Plaza de Bolívar, enquanto algumas
pessoas comemoravam o resultado. Os críticos ao projeto argumentaram que
aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo seria um duro golpe
para a “santidade” do matrimônio.</div>
<div style="text-align: justify;">
- O casamento como uma instituição, como
um sacramento envolve a união do homem e da mulher, a fim de procriar –
afirmou o senador Carlos Ramiro Chavarro, do Partido Conservador. – Eu
respeito a relação que os homossexuais possam ter e que é seu direito,
mas (…) a maioria do país quer manter a unidade familiar da sociedade,
que trata da instituição do casamento ou da união civil apenas entre
pessoas do sexo oposto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Como é impossível que antes de 20 de
junho se aprove uma nova lei sobre o tema, a partir da data deverá ser
aplicada a regra do Tribunal Constitucional:</div>
<div style="text-align: justify;">
“Os casais do mesmo sexo podem ir perante
um notário ou juiz para formalizar e solenizar uma relação contratual
que lhes permitirá formar uma família”.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na França, após cinco meses e mais de 170
horas de debates no Senado e na Assembleia Nacional, os deputados
aprovaram na terça-feira, o projeto de lei que legaliza a união entre
pessoas do mesmo sexo e também a adoção de crianças por casais
homossexuais.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-59364568298136965932013-03-03T23:38:00.001-03:002013-03-03T23:50:12.561-03:00Entre Papas e Cardeais - Editorial Revista Permanencia 269 - Quaresma 2013 <h3 class="title">
</h3>
<div class="content">
</div>
<div class="width-960" id="col_wrapper">
<div class="width-38-750" id="content">
<div class="node sticky node-teaser node-type-blog" id="node_3545">
<h2>
</h2>
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Um dos melhores textos que li nesses últimos dias... reproduzo-o pois é digno de mérito. </span></span><br />
<br />
<span style="color: yellow;"><span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Fonte: http://permanencia.org.br/drupal/node/3545</span></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;"></span></span>
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;"></span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Eis
que, surpreendentemente, nos preparamos para conhecer o sexto papa do
Concílio Vaticano II. Tendo já ultrapassado a marca dos 50 anos do seu
início (1962), não podemos dizer que as coisas, no meio dessa crise,
sejam previsíveis. Ainda há espaço para sustos e surpresas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;"></span></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">O
papa Pio XII morreu em outubro de 1958. Com ele morria uma visão ainda
tradicional da vida da Igreja, da moral, da liturgia, dos dogmas e da
influência impressionante que a Igreja mantinha há dois mil anos sobre
os caminhos da humanidade. Mesmo sendo constantemente perseguida e
maltratada, os maus não conseguiam avançar sem freios e sem limites,
porque havia uma palavra divina, um homem vestido de branco, sentado na
Cátedra de S. Pedro, e que servia de consciência para todos os povos,
para governantes e súditos, mesmo quando estes já não eram mais
católicos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Não
que fosse obedecido e amado. Mas era uma referência, e o mundo não se
entregava ao mal sem temer a condenação que viria da Igreja. Com isso, a
decadência era contida; seguia seu curso, é verdade, mas em ritmo mais
lento.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Foi
eleito, então, para o trono de São Pedro, o cardeal Roncalli, o papa
João XXIII. Descrito por seus historiadores como um homem simples,
amigável, quebrando protocolos, conversando com todos, ficou conhecido
como o “bom” papa João. Na verdade, seu espírito ecumenista data de
muito tempo, como aparece em suas atividades de jovem bispo, na
Bulgária, quando iniciou relações com os ortodoxos daquele país, ou em
Paris, como Núncio. Em suas encíclicas, João XXIII dará provas de um
pensamento liberal e equivocado, ao tentar assimilar as tendências de um
mundo socialista para torná-lo aceitável dentro de uma doutrina
católica que, para ele, devia ser aberta e tolerante. O resultado são
textos dúbios, calcados em preocupações temporais de certa paz e de
concórdia, isentas das exigências próprias do reinado social de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Desenvolvia assim temas caros à maçonaria, como
direitos humanos, dignidade da pessoa e afins, que fugiam completamente
das preocupações espirituais de um catolicismo tradicional, voltado para
a defesa do depósito da fé e da Revelação sobrenatural .</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">João
XXIII fará, então, a convocação do Concílio Vaticano II, e depois de
propagar como finalidade a não condenação das heresias modernas, desejou
um concílio voltado para conversas pastorais, troca de experiências e
um otimismo beato sobre o futuro da Igreja. Pior do que isso foi a
cumplicidade do chefe da Igreja com os revolucionários que tomaram de
assalto o Concílio, sob a batuta do Cardeal Lienart. Logo no início do
Concílio, este prelado exigiu a substituição dos textos já preparados
para debate, por outros, liberais, que um grupo de bispos já havia
preparado em segredo e por debaixo dos panos. João XXIII aceitou tal
revolução, assim como aceitou outras que viriam em seguida, dando a
esses progressistas da Aliança Europeia o domínio completo das ações do
concílio.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">No
meio de tantas ambigüidades, aberturas e revoluções, não se pode
admirar que o Concílio Vaticano II tenha estabelecido uma nova religião
dentro de Roma e na alma do povo católico. O resultado terrível foi a
perda da fé generalizada, a destruição da doutrina tradicional da
Igreja, e a diminuição constante da sua autoridade moral e espiritual
sobre os desígnios da humanidade.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Apesar
de ter escrito textos com ideais maçônicos, visões naturalistas sobre a
vida social e política, de ter mesmo mantido certas relações com a
maçonaria, não se conhece provas cabais de que tenha sido, ele próprio,
maçom. Não nos parece fonte fidedigna um ou dois livros escritos por
maçons, onde se afirma tal relação. Claro está que interessa a esta
seita secreta vangloriar-se de ter tido um papa no seu grêmio, o que
tira desses autores qualquer valor histórico.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">O
cardeal Montini era Patriarca de Milão quando foi eleito no lugar de
João XXIII. A porta do erro e da decadência tinha sido entreaberta por
João XXIII, ela será escancarada por Paulo VI. Quando trabalhava na
Secretaria de Estado do Vaticano, o bispo Montini recebera um castigo
grave por ter mantido contatos com os comunistas de Moscou nas costas de
Pio XII. Será afastado de Roma. O erro de Pio XII foi ter dado a este
bispo desobediente uma diocese cardinalícia, mesmo não tendo recebido
esta honraria do papa Pacelli. Será cardeal no 1º consistório de João
XXIII, abrindo caminho para a sua eleição, poucos anos depois.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Com
Paulo VI a Igreja verá um tempo de destruições. Todo o belo edifício
doutrinário e sacramental da Igreja será demolido. Não sobrará pedra
sobre pedra. Todos os sacramentos serão reformulados segundo o novo
espírito, a missa nova será assinada, sendo mais um culto protestante do
que verdadeira missa; a disciplina eclesiástica será tão mitigada que
os escândalos sexuais começarão a surgir de todos os lados. A fé será
ultrajada, com padres e bispos deturpando a divindade de Nosso Senhor, a
perpétua virgindade de Maria, a natureza da revelação, a sacralidade
dos ritos e sua eficácia. Enfim, tudo será abalado. A destruição será o
resultado de um grande terremoto religioso. E o povo fiel perderá a fé
sobrenatural e até mesmo a noção do que seja essa fé.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">De
João Paulo I só podemos dizer que deu a impressão de querer reverter o
quadro de destruição, senão na questão de fé, pelo menos nas influências
maçônicas dentro do Vaticano. Não teve tempo. Seu pontificado durou 33
dias, e muitos afirmam que foi assassinado.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">João
Paulo II dará continuidade à obra do Concílio Vaticano II, cabendo a
ele a reconstrução de todo o edifício destruído por Paulo VI, mas agora
com o novo espírito do Concílio. Terminará a reforma dos sacramentos,
fará um novo Código de Direito Canônico, prosseguirá a reforma completa
da Cúria Romana, publicará o novo Catecismo oficial, nova tradução
oficial da Bíblia, nova Via Sacra, modificando até mesmo o Rosário da
Virgem Maria. Além disso, levará o ecumenismo ao seu ponto mais afastado
da verdadeira fé católica, instituindo os encontros de Assis, onde
todas as religiões enviam seus chefes para rezarem juntos, significando
que pouco importa a religião de cada um. Desse encontro heretizante,
surgirá o que o papa chamou de “espírito de Assis”, um novo espírito que
passa a governar a Igreja de Vaticano II.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Finalmente,
Bento XVI, que ainda é papa quando escrevemos esse editorial, apesar de
ter tido algumas atitudes mais conservadoras, jamais renunciou à obra
do Concílio, nem mesmo se permitiu diminuir a influência deste sobre seu
pensamento e seus atos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Suas
encíclicas dão prova dessa influência constante do Concílio, mesmo dos
textos claramente opostos à doutrina católica, como Gaudium et Spes,
freqüentemente citado pelo papa. Tomemos como exemplo a primeira
encíclica, Deus Caritas est, onde Bento XVI envereda por certa tese
acadêmica sobre a noção de amor. Mas não consegue se livrar dela ao
abordar a questão do amor como está no Novo Testamento, e faz
comparações do amor divino em termos de Eros e Agape, no mínimo,
inconvenientes.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Essa
tendência intelectualista de escrever teses aparece também nas demais
encíclicas do papa. Em Spes Salvi, a erudição é grande, mas o espírito
católico fica de lado, jamais encontrando a definição clara do dogma
católico sobre a virtude da Esperança. Em Caritas in Veritate, o papa
faz o elogio da Populorum Progressio, de Paulo VI, sobre a política e
desenvolvimento dos povos, sob o enfoque liberal do Concílio Vaticano
II.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Em
nenhum momento Bento XVI apresenta a doutrina católica pelo seu dogma,
por aquilo que ela tem de imutável e eterno. Sempre reflexões,
aberturas, autores estrangeiros ao catolicismo e mesmo inimigos da fé
são convidados à mesa de “discussões” de Bento XVI. O grande sucesso
desses textos junto aos novos católicos desse mundo de hoje deve-se mais
à imensa ignorância que se tem da verdadeira fé, do que à fidelidade da
doutrina ali contida.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Todos
os seus livros, mesmo aqueles contendo erros graves de tempos mais
progressistas, foram reeditados depois de se ter tornado papa, e jamais
ouvimos de sua boca um sinal de querer mudar o que antes escrevera.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Se,
por um lado, escreveu o Motu Proprio Summorum Pontificum, em 2007,
afirmando que a missa tradicional nunca fora ab-rogada e pode ser
celebrada, não se vê interesse, no Vaticano, em defender a causa de
tantos padres que são perseguidos por seus bispos diocesanos e impedidos
de celebrar a missa de sempre. De certa forma, o Motu Próprio serviu
para confirmar e estender a perseguição, pois ela agora se aplica também
a padres diocesanos mais conservadores.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Mais
tarde, em 2009, teve a coragem de levantar as falsas excomunhões
impostas aos quatro bispos da Fraternidade São Pio X, mas logo viu-se
obrigado a dar explicações numa carta que escreveu a todo o clero. Ainda
aqui, Vaticano II era como um manto que cobria todo o pensamento do
papa.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Finalmente,
ordenou que se recebesse uma comissão teológica da Fraternidade S. Pio
X, para debater os pontos de litígio apresentados por esta. Após dois
anos de debates, o impasse impediu que se prolongassem as conversas,
pois os representantes do Vaticano não aceitavam que a doutrina
progressista do Vaticano II se opunha à Tradição católica. Queriam de
todas as maneiras forçar o pensamento em aceitar que Vaticano II estaria
na continuidade da Tradição, mesmo diante de evidentes contradições.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Dessas
conversas surgiram, em 2011-2012, tentativas de um entendimento prático
que daria à Fraternidade um estatuto oficial reconhecido por Roma. Mas
após meses de grandes angústias nos meios tradicionais, o próprio papa
encerrou a conversa, afirmando, em carta pessoal ao Superior Geral da
Fraternidade, que a aceitação do Vaticano II, dos ritos novos, do novo
espírito, era exigência para um reconhecimento da Fraternidade.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Agora,
diante da surpresa da renúncia do papa, nos deparamos com mais uma
grave questão. O tempo todo, Bento XVI se refere ao seu ministério.
Sempre que fala da renúncia, refere-se a esse ministério petrino. Temos a
impressão que os próprios papas desse catolicismo deformado já não
acreditam muito na realidade que lhes foi imposta pelo Divino Espírito
Santo. Falam como se tivessem aceito uma função, como um acionista de
grande empresa aceitaria ser Diretor Presidente por certo tempo. Aliás,
faz parte da linguagem transformada pelo Vaticano II, chamar a esse
ministério, de “serviço”, o que só vem reforçar essa triste impressão. E
essa constatação nos faz lembrar aquelas palavras antigas de Mons.
Marcel Lefebvre, quando afirmava que nós, os que guardamos a Tradição
contra os detratores da Igreja, somos os verdadeiros defensores do papa e
do papado. Eles próprios já não acreditam mais no poder sobrenatural do
sucessor de Pedro.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Reforça essa questão as declarações do historiador italiano Roberto de Mattei, feitas no site Corrispondenza Romana, ( <a href="http://www.corrispondenzaromana.it/considerazioni-sullatto-di-rinuncia-di-benedetto-xvi/" title="http://www.corrispondenzaromana.it/considerazioni-sullatto-di-rinuncia-di-benedetto-xvi/">http://www.corrispondenzaromana.it/considerazioni-sullatto-di-rinuncia-d...</a>
) onde critica duramente a renúncia, classificando-a de
"revolucionária", apesar de contemplada no Direito Canônico. O autor
mostra a diferença de espírito no caso da renúncia de Celestino V, que
tinha sido arrancado da sua cela a contragosto para assumir o papado, ou
de Gregório XII, que renunciou porque alguém precisava renunciar, visto
que havia dois papas, dando assim fim ao grave Cisma do Ocidente.
Jamais, diz o autor, um papa renunciou por não estar bem de saúde, coisa
que a grande maioria dos papas sofreu, antes de falecer."</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">O
pontificado de Bento XVI não trouxe nenhuma solução aos graves
problemas de fé que assolam a Igreja há décadas. O estilo tornou-se mais
comportado, mais conservador na liturgia, mais intelectual nos
escritos; porém, o naturalismo horizontal, o ecumenismo irenista onde
cada qual encontra o seu deus e se sente bem, o liberalismo político e
social e a oposição constante à Tradição da Igreja, continuaram até o
fim. E a crise não terminou.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Estes
são os papas do Vaticano II. Eles o fizeram, prosseguiram, impuseram ao
povo católico sem se preocuparem se era da vontade de Deus ou para a
salvação das almas. Da noite para o dia, uma missa sem sacrifício e sem
cruz foi imposta, sob penas severas, a todos os padres. Muitas almas
perderam a fé, escandalizadas pelo que viam acontecer na Igreja. Outras a
perderam por terem absorvido o novo espírito de Vaticano II,
tornando-se protestantes sem se darem conta. Paralelamente, o laicismo
invadiu toda a Igreja, causando um esvaziamento impressionante dos
mosteiros e casas religiosas. Muitos conventos fecharam as portas e
foram vendidos para se tornarem museus ou escolas. O número de católicos
foi diminuindo em todo o mundo e já não podemos mais falar de uma
Civilização ocidental Católica, aquela impressionante herança dos mil
anos de Idade Média, que formaram a Europa e o mundo católico.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Enquanto
isso, os papas e bispos, ao longo desses últimos 50 anos, nunca
conseguiram enxergar a realidade do mundo segundo a verdade de Deus. A
todo momento interpretam os desastres, acidentes, guerras e tudo o mais
com palavras pacifistas, moles, sem eficácia e sem sentido. Raras vezes
atribuem os escândalos ao pecado e nunca se ouve um chefe católico se
preocupar com a condenação eterna das almas. Só falam de uma falsa paz,
só pregam a concórdia nessa vida, só se preocupam com o corpo do homem e
sua felicidade na terra, e de salvar as aparências de certa “decência”
boazinha.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Um
novo papa será eleito. Humanamente não há nada que nos incline a achar
que algum dos cardeais possa vir a restaurar a Igreja e ajudar as almas a
se salvarem. Todos eles, para chegarem onde estão, aderiram de todo o
coração aos desmandos desse maldito concílio que tanto mal trouxe para a
Igreja e para as almas. Estão, pois, certos de que devem continuar a
propagar esse Humanismo com tintas de religiosidade, que tudo
contaminou.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Não
temos preferências. Se for eleito um péssimo cardeal, progressista,
destruidor, as coisas podem ficar mais claras, a evidência da falta de
fé ficaria mais patente, o que nos ajudaria a segurar melhor a espada do
bom combate. Por outro lado, a perseguição se tornaria mais amarga, e
nós teríamos apenas a graça divina como sustento, o que já é nossa
condição há 50 anos. Se for eleito um cardeal “conservador”, veremos as
mesmas ambigüidades atuais perdurarem na Igreja. Cada vez que o papa
falar em latim, ou celebrar uma missa mais conservadora, os blogs
conservadores de plantão darão urras de alegria e dirão que o papa está
restaurando a Igreja.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Mas
Deus vomita os mornos e não aceita que a defesa da sua Igreja seja
feita por homens cegos, ingênuos e débeis. Porque a restauração da
Igreja só poderá ser realizada quando nós merecermos, por nossos
sacrifícios e dores oferecidas, pelas humilhações e perseguições
suportadas, pela constância das nossas orações e das nossas lágrimas.
Somente assim o Divino Espírito Santo realizará o milagre da conversão
de um papa. Sem essa conversão espetacular, espiritual, sem que o papa
entenda na fé, ao menos em parte, todo o enlace da crise atual, não
haverá grandes mudanças no horizonte da Igreja.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Peçamos
a São José, esposo da Virgem Maria, protetor da Santa Igreja, e a São
Miguel Arcanjo, chefe da milícia celeste, que nos permita ver com nossos
olhos, ouvir com nossos ouvidos, o dia abençoado em que tal conversão
chegará ao coração do sucessor de São Pedro.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: larger;"><span style="font-family: Verdana;">Dom Lourenço Fleichman, OSB</span></span></div>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-28619896344220318832013-03-02T14:26:00.002-03:002013-03-02T14:26:47.645-03:00As palavras ácidas do Cardeal Pell (Finalmente algém dizendo a verdade)<div style="text-align: justify;">
<span style="color: yellow;">Fonte: http://fratresinunum.com</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Cardeal George Pell, 71 anos, Arcebispo
de Sidney, é o segundo cardeal a tecer palavras críticas sobre a
renúncia do Papa Bento XVI.</div>
<div style="text-align: justify;">
Considerado homem de confiança e alinhado
às idéias do agora “Papa Emérito”, Pell foi claro sobre as
conseqüências futuras que poderiam advir do precedente aberto com a
renúncia do Sumo Pontífice: “Poderia haver pessoas que, estando em
desacordo com um futuro Papa, montariam uma campanha contra ele para
convencê-lo a renunciar”. Pell ainda deu o seu parecer sobre o Papa
Ratzinger: “Ele conhece muito bem a teologia, mas eu creio que prefiro
alguém que possa dirigir a Igreja e recuperar a unidade”. Para ele, o o
governo de Bento XVI “nem sempre foi brilhante”.</div>
<div style="text-align: justify;">
As declarações, dadas a uma rede de televisão da Austrália poucos minutos antes do início da sede vacante, <a href="http://fratresinunum.com/2013/02/18/renuncia-saude-e-vatileaks-em-roma-ha-quem-lamente-a-decisao-do-papa/" target="_blank">juntam-se
às reservas do Cardeal Stanislaw Dziwisz, secretário pessoal de João
Paulo II, e de Dom Roland Minnerath, bispo de Dijon, França, quanto à
drástica decisão de Bento XVI</a>. A Sala de Imprensa da Santa Sé não
quis se pronunciar sobre as afirmações de Pell, que ainda acrescentou
que o Papa estava “muito ciente” do fato de que a sua abdicação era “um
rompimento com a tradição” e “particularmente desestabilizadora” para a
Igreja.</div>
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<div class="robots-nocontent sd-block sd-social sd-social-official sd-sharing">
<br /></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-5619193043075043212013-01-13T04:15:00.003-02:002013-01-17T13:59:57.317-02:00Da Verdade e De Sua Apreensão Pelo Ser Humano
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<!--
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P { margin-bottom: 0.21cm }
P.western { so-language: pt-BR }
-->
</style>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><b>"O
que é a verdade ?". "É possível se chegar a ela ?".</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />Pode
parecer difícil responder a essas perguntas em plena época
do politicamente correto , quando a ditadura do relativismo impõe a
politica do bom-mocismo até mesmo aos centros ditos mais
conservadores no mundo ocidental.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />Pode
parecer , todavia não é.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"></span></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">O
ser humano pode e deve fazer essas perguntas, pois as suas faculdades
são capazes de apreender a verdade desde que ele adote critérios
seguros para faze-lo. Assim, pode-se concluir que ele chegara a
uma resposta definitiva, isenta de qualquer subjetividade ou
relativismo. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />A
resposta a questão da verdade exige uma breve observação: Falar
sobre a verdade e sobre a possibilidade de se chegar a ela, toca
noções fundamentais, que qualquer raciocínio pressupõe. Mesmo que
se porte como relativista todo homem que indaga sobre a verdade de
algo admite a possibilidade de poder apreender essa verdade , caso
contrário não indagaria sobre ela. Nem mesmo que fosse para
apresentar contra argumentos a um argumento qualquer apresentado
sobre aquele algo a ele.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />A
partir daqui , analisaremos e explicitaremos noções sobre os
conceitos de verdade e de apreensão da verdade. Obviamente, não nos
será possível demonstrar aqui que a inteligencia humana é capaz de
apreender a verdade, todavia partimos do conhecimento, tendo-o como
certo, de que a mesma não somente o é, mas a todo momento, esta
apta a faze-lo. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />Tal
aptidão não precisa ser demonstrada, tal que , ao menos de
modo implicito, a reconhecemos constantemente e expressamos tal
reconhecimento todas as vezes que nos colocamos a tentar conhecer
alguma coisa nova. Ora, se não fosse possível a nós apreender
conhecimento sobre algo, então de fato nem o tentaríamos. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Bom,
agora consideraremos em primeiro lugar o que é a verdade e , a
seguir, o critério da verdade.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><b>1.
Que é a verdade?</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">1)
Ensinam os filósofos, que a verdade é a conformidade , a adequação,
entre realidade e inteligência. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />Consideremos
sob dois aspectos tal conformidade:</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />1.a)
A conformidade do ser ou do objeto com a inteligência que o concebe.
Ai se encontra a <b>verdade do ser</b> ou <b>verdade
ontológica</b>. Trocando em miúdos, o ser é dito verdadeiro,
pois se encontra em conformidade com aquilo que a
inteligência concebeu sobre ele.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Não
vou me alongar nessa primeira parte. Quero apenas ressaltar que todo
ser é verdadeiro em comparação com a inteligência divina, pois
essa concebeu todos os seres em plena conformidade com o arquétipo
que lhes concebido pelo Criador. O que existe agora é reflexo direto
da sabedoria divina. Não há ser que exista que não esteja em
correspondência com o exemplar traçado por Deus; logo, percebe-se
que não há ser que não tenha verdade ontológica</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Claro
que tal raciocínio suscita a questão do erro, do mal e da falsidade
no universo! Porém lembramos que esses não são entidades
positivas, sendo tão somente carências de entidade (tal qual tratou
o Doutor Angélico).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">1.b) A
conformidade entre inteligência e objeto considerada do lado da
inteligência e não do objeto. Sim , eis ai a <b>verdade
lógica</b>. Ela é a adequação da inteligência ao objeto, a uma
realidade que ela não faz e que existe independente dela. Essa é
a <b>verdade do conhecimento</b>, onde entra o trabalho
criteriológico. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Vemos
então, que o conceito de verdade inclui a noção de algo (objeto)
que exite fora do individuo e que é apreendido pela inteligência
tal como é (produzindo-se então adequação ou conformidade). </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />2)
Eis que surge a duvida:</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />Como
garantir que aprendemos os objetos existentes fora de nós realmente
são ? Como garantir que não apreendemos apenas uma aparência
desses objetos ? Quem pode realmente dizer que nosso conhecimento
daquilo que é externo a nós não passa de uma fantasia subjetiva ?</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">A
duvida é pertinente e sua elucidação relativamente simples. Ela se
resolve pela experiência e pela verificação do quão absurdas são
as consequências do relativismo e do ceticismo. Vamos partir para a
elucidação sob três aspectos: </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />2.a)
A experiencia nos mostra que afirmamos a existência do nosso corpo e
do mundo sensível .</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Na
percepção do mundo sensível, somos conscientes de nossa
passividade e que nossos sentidos são excitados por estímulos
exteriores. Nossos conceitos intelectuais atestam a existência de
seres fora de nós, relacionados a atos dos sentidos que dependem de
objetos que nos são exteriores (quem tem um problema olfativo jamais
concebera o perfume de uma flor, assim como o que tem surdez de
nascença jamais concebera o som do canto de um pássaro). </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Os
que negam nossa capacidade de apreendermos o mundo sensível, só o
podem faze-lo teoricamente, na prática agem como se seguros fossem
de lidar com tais e tais corpos (que existem fora de nós e cuja
afirmação se nos impõe com necessidade inelutável) bem distintos
uns dos outros (alimento, contra baixo elétrico, baixolão, etc).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Ora.
A espontaneidade com que afirmamos a existência de objetos fora de
nós, não pode ser de forma alguma uma ilusão. A ilusão é algo
que só pode ser afirmada quando a verdade acerca do objeto sobre o
qual estávamos iludidos é apreendida, fazendo desse objeto alvo de
nosso pleno conhecimento; é somente pela comparação da verdade
apreendida sobre o objeto contraposta a noção que anteriormente
dele fazíamos que podemos concluir se estávamos imersos em uma
ilusão.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Diante
do exposto acima , torna-se impossível acreditar que a percepção
do mundo sensível se sujeite a uma ilusão, pois isso se faria uma
contradição fragosa. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Descartada
então a possibilidade de ilusão , podemos já afirmar que estamos
totalmente certos ao julgar que somos capazes de apreender os objetos
a nós exteriores. Dizer que estamos encerrados em nossa percepção
de forma unicamente subjetiva nos levaria a condição de seres
incapacitados de atingir a realidade exterior e de fazer distinção
entre exterior e interior (distinção essa que nossa consciência
certamente faz).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Concluímos
pois que a experiência do dia a dia na qualidade de ilusão
simplesmente é insustentável. Nesse ponto, toda e qualquer
modalidade de idealismo desmorona ante o <b>realismo natural</b>.
Os que querem negar isso caem em risível absurdo e é obrigado a
reconhecer o valor objetivo das percepções humanas. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">2.b)
Vejamos agora, o simples fato de se duvidar da veracidade de algo
supõe que possuímos algumas noções. Quem duvida se afirma em
existência (<<Eu duvido>>,<<Sou um sujeito que
duvida>>); quem duvida sabe o que é duvida e o que é certeza
, e sabe distinguir entre uma e outra (sabe distinguir o ser do
não-ser); quem duvida carrega a certeza de os motivos para afirmar
uma coisa ou outra são insuficientes, etc. Observem quantas certezas
, quantas verdades são necessárias para se levantar uma duvida. Ora
, é necessário partir de diversas afirmações sólidas para se
levantar uma duvida, donde se vê que a duvida nada mais é que a
filha de uma séria de certezas prévias de alguns dados; logo, a
duvida universal (duvida a repeito de todas as coisas) , como atitude
prática , é simplesmente impossível. Não há relativismo pleno
pois até mesmo afirma-lo exige certeza sobre algumas certas coisas.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />2c)
O ceticismo se mostra contraditório. Efetivamente, o ceticismo
afirma que de tudo devemos duvidar por sermos incapazes de atingir a
verdade com certeza.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Por
enquanto paro por aqui, são 03:46 da manhã e estou cansado. Na
semana que vem editarei o restante desse artigo. Antes quero deixar
algumas coisas claras:</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Verdade
é a correspondência entre a idéia de um sujeito com relação
ao objeto conhecido por ele.</span></span></div>
</li>
</ul>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Se
eu imagino que a letra A seja letra A eu estou certo sobre ela. Se
eu imaginar qualquer outra coisa estou simplesmente errado. </span></span></div>
</li>
</ul>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Há
somente quatro posições possíveis ante um objeto:</span></span></div>
</li>
</ul>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />1.
Se alguém concebe um objeto tal qual ele é, então possui a verdade
sobre esse objeto;</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">2.
Se alguém concebe um objeto diferente daquilo que ele é, então não
possui a verdade sobre ele, se alguém afirma a idéia de forma que
não corresponda ao objeto, esse alguém esta errado sobre o objeto.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">3.
Se alguém sabe o que o objeto é e simplesmente o nega, então esse
alguém mente. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">4.
Mas se alguém acredita profundamente, verdadeiramente, que o objeto
seja algo que não é , essa pessoa é louca (mesmo que seja super
sincera em sua crença ela é louca).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">A
verdade sobre algo é uma só , não existem duas verdades sobre
algo em nenhuma hipótese. </span></span></div>
</li>
</ul>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">A
verdade é universal, no tempo e no espaço. 2+2 são quatro em
qualquer tempo, 2+2 são quatro em qualquer lugar.</span></span></div>
</li>
</ul>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">A
verdade é objetiva, ela independe do sujeito conhecedor. </span></span></div>
</li>
</ul>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><br />Assim
sendo: </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><b>O que
eu acho não vale nada. </b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><b>O
que o outro acha não vale nada. </b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><b>O
que a maioria acha não vale nada.</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><b>Vale aquilo que
é.</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">Semana
que vem prosseguimos.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
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<br />
<a name='more'></a><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12.0pt;">O Ensinamento Oficial da Igreja.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Ensina o catecismo da Santa Igreja:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
§861
"Para que a missão a eles [aos apóstolos] confiada fosse continuada após
sua morte [de Jesus], confiaram a seus cooperadores imediatos, como que por
testamento, o múnus de completar e confirmar a obra iniciada por eles,
recomendando-lhes que atendessem a todo o rebanho no qual o Espírito Santo os
instituíra para apascentar a Igreja de Deus. Constituíram, pois, tais varões e
administraram-lhes, depois, a ordenação a fim de que, quando eles morressem
outros homens íntegros assumissem seu ministério."</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
§862
"Assim como permanece o múnus que o Senhor concedeu singularmente a Pedro,
o primeiro dos apóstolos, a ser transmitido a seus sucessores, da mesma forma
permanece todos Apóstolos de apascentar a Igreja, o qual deve ser exercido para
sempre pela sagrada ordem dos Bispos." Eis por que a Igreja ensina que
"os bispos, por instituição divina, sucederam aos apóstolos como pastores
da Igreja, de sorte quem os ouve, ouve a Cristo, e quem os despreza, despreza a
(aquele por quem Cristo foi enviado".</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: 12.0pt;">O Que A Bíblia Nos Ensina?</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Jesus deu o governo da sua Igreja aos Apóstolos emprestando-lhes autoridade total : "Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita;
e, quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou" (Lc 10, 16). </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
O testemunho da Bíblia é muito claro quando diz respeito a transmissão dessa autoridade que Jesus concedeu aos apóstolos. E eles utilizaram esse poder. Podemos citar como exemplo a substituição de Judas
Iscariotes por Matias (cf. At 1,15-26) , a transmissão da autoridade apostólica
de Paulo a Timóteo e Tito (cf. 2 Tm 1,6; Tt 1,5). Ou seja, ainda no inicio da Igreja a sucessão era clara. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Podemos ainda citar exemplos implícitos: Apolo , judeu natural de Alexandria, conhece o verdadeiro Evangelho em Éfeso (cf. At
18,24-28) e é levado aos discípulos de Cristo em Corinto (cf. At 19,1).</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Na primeira carta de São Paulo aos cristãos de Corinto Apolo é citado: </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
"Pois
acerca de vós, irmãos meus, fui informado pelos que são da casa de Cloé, que há
contendas entre vós. Refiro-me ao fato de que entre vós se usa esta linguagem:
?Eu sou discípulo de Paulo; eu, de Apolo, eu, de Cefas; eu, de Cristo"
(1Cor 1,11-12).</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
E São Paulo define o papel de Apolo na semeadura da palavra do Cristo: "Pois quem é Apolo E quem é Paulo? Simples servos, por cujo
intermédio abraçastes a fé, e isto conforme a medida que o Senhor repartiu a
cada um deles: eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem faz crescer" (1
Cor 3,5-6).</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
São
Paulo fundou a Igreja em Corinto, e deixou-a para que Apolo dela cuidasse. Logo , se crê que Apolo era então
o Bispo de Corinto, instituído pelos apóstolos. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: yellow;">BISPO</span></b> palavra grega que significa <b><span style="color: yellow;">"Aquele que supervisiona"</span></b>. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Mas São Paulo deixa o episcopado
de Apolo ainda mais claro :</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
"Portanto,
ninguém ponha sua glória nos homens. Tudo é vosso: Paulo, Apolo, Cefas (Pedro),
o mundo, a vida, a morte, o presente e o futuro. Tudo é vosso! Mas vós sois de
Cristo, e Cristo é de Deus. Que os homens nos considerem, pois, como simples
operários de Cristo e administradores dos mistérios de Deus" (1Cor
3,21-22; 4,1).</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Veja que
São Paulo coloca o ministério de Apolo em igualdade com o seu próprio ... a mesmas posição. Ver também
(1Cor 4,6).</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
A Sagrada Escritura não nega a existência da Sucessão dos Apóstolos, como meio de
perpetuar ministério da Igreja, mas ao contrário, confirma isso.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: 12.0pt;">Sucessão Na História da Igreja?</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Na história da Igreja já nos seus primeiros momentos vemos a sucessão apostólica.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Clemente de
Roma , o 4º Bispo de Roma na sucessão de São Pedro, em (90 D.C) escreveu em sua primeira carta aos
Coríntios :</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
"42. Os
apóstolos receberam do Senhor Jesus Cristo o Evangelho que nos pregaram. Jesus
Cristo foi enviado por Deus. Cristo, portanto vem de Deus, e os apóstolos vêm
de Cristo. As duas coisas, em ordem, provêm da vontade de Deus. Eles receberam
instruções e, repletos de certeza, por causa da ressurreição de nosso Senhor
Jesus Cristo, fortificados pela palavra de Deus e com plena certeza dada pelo
Espírito Santo, saíram anunciando que o Reino de Deus estava para chegar.
Pregavam pelos campos e cidades, e aí produziam suas primícias, provando-as
pelo Espírito, a fim de instituir com elas bispos e diáconos dos futuros fiéis.
Isso não era algo novo: desde há muito tempo, a Escritura falava dos bispos e
dos diáconos. Com efeito, em algum lugar está escrito: ?Estabelecerei seus
bispos na justiça e seus diáconos na fé" (Is 60,17)"</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
"44.
Nossos apóstolos conheciam, da parte do Senhor Jesus Cristo, que haveria
disputas por causa da função episcopal. Por esse motivo, prevendo exatamente o
futuro, instituíram aqueles de quem falávamos antes, e ordenaram que, por
ocasião da morte desses, outros homens provados lhes sucedessem no
ministério."</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Observa-se que já no inicio da Igreja havia a ideia de que os Bispos eram sucessores dos apóstolos. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
A Sucessão
dos Apóstolos foi algo tão real na vida da Igreja, que muitas destas sucessões
foram registradas por alguns historiadores como Hegesipo e Eusébio de Cesaréia.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Vemos
algumas das sucessões dos apóstolos registradas pelo Bispo Eusébio de Cesaréia
(Séc IV) em sua obra : "A História Eclesiástica".</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Parando por aqui... semana que vem falo da sucessão apostólica em Roma e em Jerusalém ... até lá.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-37842233357037585252012-07-31T15:41:00.001-03:002012-07-31T15:41:59.089-03:00Os Mortos Estão Adormecidos ?<br />
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGTKZJpmZVZVztRzHn1Wxp-SCvCLJD9LeQD0UUHVfP7-vQLrXLhM61J791pQw0rog1QvJSKuxZsVthsT6tDR9F2p7sp0Hbt7Xj_vE4yt4gubrurySxl-J8HV0M-zIpl7FRGRwZRZ_8IbY/s1600/bones.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGTKZJpmZVZVztRzHn1Wxp-SCvCLJD9LeQD0UUHVfP7-vQLrXLhM61J791pQw0rog1QvJSKuxZsVthsT6tDR9F2p7sp0Hbt7Xj_vE4yt4gubrurySxl-J8HV0M-zIpl7FRGRwZRZ_8IbY/s200/bones.jpg" width="141" /></a></div>
Outro dia, no escritório onde trabalho, uma amigo contou-me que um tio seu falecera. Dei-lhe meus pêsames e lhe pedi o nome de seu ente querido para inclui-lo em orações ao que fui surpreendido com a frase: "Eu não creio que se possa orar por falecidos, aqueles que se foram estão adormecidos e nada pode ser feito por eles."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é raro ouvir a sentença que aqueles que faleceram estão em estado de não consciência , adormecidos no além. Para os que assim creem. os falecidos são incapazes de receber alguma sanção (logo, não se pode intervir por eles no pós morte), estariam incapacitados também de manter a comunhão com os viventes , não podendo orar por nós ou nós por eles. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que pensar sobre isso ?<br />
<br />
<a name='more'></a><h3>
Sintetizando</h3>
Para muitos, após a morte do corpo a alma cai em uma especie de adormecimento, em não consciência. Aqueles que defendem essa tese retornam (na maioria esmagadora dos casos sem o saber) aos mais remotos livros da Bíblia, nos quais se professa a crença no <span style="color: yellow;">Cheol</span>. Para os antigos Hebreus , tratava-se de um lugar subterrâneo , um reino , uma morada, uma região destinada aos mortos, onde ali ficavam adormecidos e sem consciência , incapazes de realizar qualquer tipo de ação. Os próprios judeus superaram tal crença a partir do seculo II, passando a admitir a ressurreição dos mortos e a recompensa póstuma de cada alma. Tenhamos em vista os textos sagrados Dn 12, 1-3; 2Mc 7, 9.11.14...; Sb. 2-5. Já no Novo Testamento, a noção de vida consciente e lúcida dos que se foram é ainda mais nítida (basta contemplarmos o Apocalipse onde se apresenta os mártires e demais justos a cantar os louvores de Deus) vejam-se Fl 1,21-23 e Lc 23, 43.<br />
<br />
<h3>
Analisemos o Problema</h3>
A antiga concepção escatológica do povo judeu afirmava que, após a morte do homem nesse mundo, seu corpo é sepultado e um núcleo de sua personalidade - o refaím - sobrevive adormecido e inconsciente em um lugar chamado Cheol. Tal crença se devia a necessidade de evitar que, a exemplo dos povos pagãos, o povo de Israel passasse a dar culto aos antepassados ( a manutenção do estrito monoteísmo exigia tal postura). Tenhamos em vista os seguintes testos:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">Sl 6,6: "Na morte quem se lembra de Ti ? Quem te louvará no Cheol ?"</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">Sl 88, 5s "Sou visto como aqueles que baixam à cova... despedido entre mortos, como vitimas que jazem no sepulcro, das quais já não te lembras, porque foram separadas de tua mão ... Realizas maravilhas entre os mortos ? As sombras se levantam para te louvar ? Falam de Teu amor no sepulcro ? da Tua fidelidade no lugar da perdição ? Conhecem Tuas maravilhas nas trevas e Tua justiça na terra do esquecimento ?" </span></blockquote>
Não é preciso dizer que tal concepção afligia os justos , sabedores que após a morte seriam submetidos a mesma sorte dos ímpios, todos inconscientes no Cheol, sem poder receber a sanção merecida. Deus, acompanhava o fiel na vida presente, premiando-os na vida presente com bens materiais, vitórias em batalhas, saúde, amigos leais , boa família , longevidade ou, ao contrário (em caso de serem maus), deitando-lhes doenças, misérias, derrotas ...<br />
<br />
Todavia , a experiência mesma desmentia tal tese, pois era evidente que nem todos os justos eram sadios , prósperos ou vitoriosos, bem como nem todos os pecadores caiam em enfermidade, miséria, inimigos ... Por isso a perplexidade de alguns personagens bíblicos ante a prosperidade dos ímpios ou seu lamento diante das tardanças de Deus a trazer recompensas ... <br />
<br />
Tomemos como exemplo a história de Jó. Mergulhado entre terríveis tribulações , não tendo cometido mau algum, se vê sem explicações para a moléstia que o aflige, ao passo que seus amigos o acusam de prevaricador e o orientam a confessar seus pecados para que seja curado. O livro termina com um apelo para que Deus julgue a perplexidade de Jó e seus amigos. Deus não intervem , mostra a Jó que ele é incapaz de O arguir , já que não é capaz de compreender Seus desígnios e Sua sabedoria. A explicação não é dada a Jó - Essa, somente seria dada muito mais tarde na história da salvação mediante a revelação de uma vida póstuma consciente e lucida, tal revelação seria prematura na época dos acontecimentos do livro (mais ou menos no século IV a.C).<br />
<br />
Outro personagem que desfila sua aflição é o Eclesiastes. Este, diante da realidade de que tudo é como o sopro do vento que a mão simplesmente não pode reter, compreende que nem mesmo o brilho de um reino pode satisfazer os anseios do ser humano. Dai a tristeza de seu livro. O Eclesiastes não trazia em sua mente o conhecimento sobre a vida póstuma, como se depreende de seus dizeres:<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">"Os mortos não sabem nem terão recompensa, porque sua memória está no esquecimento ... Nunca mais participarão de tudo o que se faz debaixo do sol." (Ecl 9, 4-6)</span></blockquote>
Diante dessa angustiante realidade, os profetas ousaram pedir a Deus contas sobre tal paradoxo: Como pode o justo, reto diante dos olhos do Senhor e obediente a Sua vontade, ser maltratado pela sorte ? E como pode ocorrer que pecadores, inimigos do Senhor, sejam tão agraciados com os bens materiais e os prazeres da vida ?<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13px; text-align: -webkit-left;">Jr 12,1s: “Tu és justo demais, Senhor, para que eu entre em processo contigo. Contudo falarei contigo sobre questões de direito. Por que prospera o caminho dos ímpios ? Porque os apóstatas estão em paz ? Tu os plantaste, eles criaram raízes, vão bem e produzem fruto. Tu estás perto de sua boca, mas longe de seus rins". </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13px; text-align: -webkit-left;">Os ímpios são felizes neste mundo; têm Deus nos lábios, mas não O têm em seu íntimo (em seus rins).</span></span></blockquote>
<br />
Ou ainda:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">Hab. 1, 1s: "Até quando , Senhor, pedirei socorro e não ouvirás , gritarei a Ti violência e não me salvarás ? Porque me fazer ver a iniquidade e contemplar a opressão ? Rapina e violência estão diante de mim; há disputas, levantam-se contendas ! Por isto a lei se enfraquece e o direito não aparece mais. Sim, o ímpio cerca o justo; por isto o direito aparece torcido !".</span></blockquote>
E qual é a resposta de Deus ?<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">Hab. 2, 1-4: "Então o Senhor respondeu-me dizendo: Escreve a visao, grava-a claramente sobre tábuas para que a possas ver facilmente. Porque é ainda uma visao para um tempo determinado; ela aspira por seu termo e não engana; se ela tarda, espera-a porque certamente virá, não faltará ! Eis que sucumbe aquele cuja alma nao é reta, mas o justo viverá por sua fidelidade".</span></blockquote>
Como podemos facilmente entender, o Senhor não responde aos profetas, pois a resposta consistiria em dizer-lhe que há outra vida, na qual a justiça, violada pelo livre arbítrio dos homens será restaurada plenamente.<br />
<br />
<h3>
Caminhando Para Uma Solução (Consolo aos Justos)</h3>
A concepção do Cheol pelos Judeus era um verdadeiro obstaculo para quem queria ser fiel a Lei Divina; a tal ponto que alguns escritores sagrados buscaram supera-la por sua própria conta. Tal foi o caso referente a Elias que, segundo a concepção dos fieis de Israel, não podia terminar seus dias no Cheol. Dai a imagem de um carro de fogo que o leva para o céu depois da morte ( 2Rs 2, 11s). Assim também Henoque, que teria sido arrebatado aos céus após a morte, porque foi justo e amigo de Deus (Gn 5, 21s). Registremos ainda alguns Salmos:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">Sl 116, 2s "Não abandonarás minha vida no Cheol nem deixarás que teu servo veja a cova. Ensinar-me-ás o caminho da vida, cheio de alegria em tua presença e delícias à tua direita perpetuamente."<br />Sl 49. 16 "Deus resgatará minha vida das garras do Cheol e me tomará".<br />Sl 73. 23 "Quanto a mim, estou sempre contigo. Tu me agarraste pela mão direita. Tu me conduzes com o teu conselho e com a tua glória me atrairás" .</span></blockquote>
Como podemos ver nesses três salmos é expressa a esperança. O Senhor libertará aquele que é justo e o conduzirá a vida verdadeira.<br />
<br />
<h3>
Enfim , a Solução</h3>
<h4>
No Antigo Testamento</h4>
Vimos que, nos séculos mais antigos, os israelitas não concebiam póstuma retribuição. mas sim a inconsciência dos refaim após a morte. Tal doutrina não parece justa ou boa. Naturalmente tal fase provisória cederia à plena revelação da recompensa da vida póstuma sem a qual a vida presente não se explica , pois a ordem é violada neste mundo não poucas as vezes em favor dos maus , para grande decepção dos bons.<br />
No século I antes de Cristo já se professava a crença em uma alma imortal capaz de receber seu castigo ou sua recompensa na vida pós morte. O livro da Sabedoria dá testemunho disso, escrito por um judeu no Egito, o livro afirma a retribuição de justos e pecadores nos textos abaixo:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">Cap 5, 15 " Mas os justos viverão eternamente; sua recompensa está no Senhor, e o Altíssimo cuidará deles . Receberão magnifica coroa de real e, das mãos do Senhor, o diadema da beleza; com sua direita Ele os protegerá , com seu braço os escudará".</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">Cap 3, 1-4. 10 "A alma dos justos está nas mãos de Deus; nenhum tormento os atingirá. Aos olhos dos insensatos parecem morrer .... mas eles estão em paz. Aos olhos humanos pareciam cumprir uma pena, mas sua esperança estava cheia de imortalidade; por um pequeno castigo receberão grandes favores. Julgarão as nações, dominarão os povos e o Senhor reinará sobre eles sempre. Mas os ímpios serão castigados segundo seus raciocínios ; desprezaram o justo e se afastaram do Senhor". </span></blockquote>
O texto não fala em ressurreição, mas apenas em sobrevivência da alma lúcida no além. A razão pela qual não se comenta a ressurreição é porque o autor escreveu no Egito, terra de cultura helenística para a qual uma alma retornando ao corpo é uma ideia de punição , de desgraça. Todavia, no mesmo período histórico, os judeus que residiam em Israel professavam a ressurreição. Vejamos os textos abaixo:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">Dn 12, 2s: "Muitos dos que dormem no solo poeirento acordarão., uns para a vida eterna, e outros para o opróbrio, para o horror eterno. Os que são esclarecidos resplandecerão como o resplendor do firmamento, e os que ensinam a muitos a justiçã hão de ser como as estrelas por toda a eternidade".</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">2Mc 7 "Registra as ultimas palavras dos irmãos macabeus condenados a morrer por causa da sua fé: "Tu, celerado, nos tiras da vida presente. Mas o Rei do mundo nos fará ressurgir para uma vida eterna, à nós que morremos por suas leis!" ". </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">"Do céu recebi estes membros, e é por causa de suas leis que os desprezo, pois espero dele recebê-los novamento" (y. 11).</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">"Nossos irmãos, após ter suportado uma aflição momentânea por uma vida eterna já estão na Aliança de Deus. Tu, porém, pelo julgamento de Deus, has de receber os justos castigos da tua soberba" (v. 36) </span></blockquote>
<br />
Com o passar dos tempos, a fé na ressurreição se firmou cada vez mais em Israel. A fé nesse fato era corolário lógico da crença em uma sanção póstumo; com efeito, a mentalidade em Israel, sempre disposta a afirmar o concreto, dificilmente conceberiam sorte feliz para as almas que estivessem fora do corpo; estariam condenadas a viver uma vida mutilada.<br />
<br />
Citemos ainda a visão de Judas Macabeu, que no século II a.C (muito antes da teologia Cristã compreender o poder da intersecção dos Santos) vê o profeta Jeremias no além orando pelo povo de Deus que lutava na terra:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">"Apareceu um homem notável pelos cabelos brancos e pela dignidade, sendo maravilhosa e majestosíssima a superioridade que o circundava. Tomando então a palavra , disse Onias: Este é o amigo de seus irmãos, aquele que muito ora pelo povo e pela cidade santa; Jeremias, o Profeta de Deus. Estendendo então a sua mão direita, Jeremias entregou a Judas uma espada de ouro pronunciando estas palavras ... Recebe esta espada santa, presente de Deus , por meio da qual esmagarás teus adversários" (2Mc 15, 13-16).</span></blockquote>
Tal texto demonstra que os justos não estão inconscientes no além.<br />
<br />
<h4>
No Novo Testamento</h4>
<div>
<br /></div>
<div>
No novo testamento basta lembrar o apocalipse para ver a nitidez da referencia a sobrevivência lúcida dos que partiram desse mundo. Nele , vemos referencia dos justos junto a Deus a a cantar os louvores do Senhor:</div>
<div>
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">" Vi uma grande multidão que ninguem podia contar, de todas as nações, tribos, povos e linguas. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro trajados com vestes brancas e palmas na mão. E em alta voz proclamavam: 'A salvação pertence ao nosso Deus, que esta sentado no trono, e ao Cordeiro ...' "</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">" Estes são os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestes e alvejaram-nas no sangue do Cordeiro. É por isto que estão diante do trono de Deus, servindo-lhe dia e noite em seu templo" (AP 7, 9s. 14s)</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">"Ainda os mártires , diante do altar simbólico na corte celeste, clamam em alta voz: 'Até quando, ó Senhor santo e verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando nosso sangue contra os habitantes da terra ?' '" (6, 9)</span></blockquote>
Por fim a palavra de Jesus ao bom ladrão:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #b6d7a8;">"Ainda hoje estarás comigo no paraíso !" (Lc 23, 43) </span></blockquote>
Não há dúvida, o conceito de adormecimento dos que deixaram este mundo e passaram para o além está superado desde o século II a.C, na tradição judeu-cristã. Professar tal conceito nos dias de hoje é desprezar a Revelação neotestamentária e regredir aos termos iniciais do pensamento hebraico, conceito que certamente era provisório e tornava sem sentido a vida presente.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-47740813484898522012012-07-17T15:26:00.001-03:002012-07-17T15:26:21.863-03:00OLAVO DE CARVALHO - ALGUNS DANOS DA MACONHA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/R7dPw6fnxhw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-48885561909024482012012-07-04T13:08:00.002-03:002012-07-04T13:10:13.088-03:00Muslim Demographics<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/6-3X5hIFXYU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-52340597548652272932012-06-21T17:41:00.000-03:002012-06-21T17:41:00.644-03:00A Igreja e o desarmamento<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Padre Paulo Ricardo sobre o desarmamento e a Igreja</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/RnTJiLgDlNM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-49802538413816470052012-06-12T11:14:00.001-03:002012-06-12T11:18:31.605-03:00Audiencia Pública Senado - Porte de Armas - Bene Barbosa - Movimento Viva Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/3XFvzmmuoYc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-62271804646707518222012-06-12T10:57:00.000-03:002012-06-12T10:57:02.181-03:00PL 3722/12<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhctl3zam8w4j7BTJ6cRhCQ7gHRNAd3fQ4mg_8KKIYDJPCYSIbTOIHbl6spNDKawclqO4_1tSnDBKcEVWn9iLdAAXN62n4UGkJrpZqRE3R7X1NqkO0uXABh9K9_K8Zl0hy1k54V690G2Ig/s1600/39918596_84c8073b11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhctl3zam8w4j7BTJ6cRhCQ7gHRNAd3fQ4mg_8KKIYDJPCYSIbTOIHbl6spNDKawclqO4_1tSnDBKcEVWn9iLdAAXN62n4UGkJrpZqRE3R7X1NqkO0uXABh9K9_K8Zl0hy1k54V690G2Ig/s320/39918596_84c8073b11.jpg" width="281" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgphJ8WrOb-QoYrvqRA_1GyG8MFCk7vicn1ma9102rMVZFt4pcwYQBP91IM0FHYTWEEfJBQDap3sGBcOMuT0vn-DQ0WGPVvWUMunXQa_RvPHBiFehWwze5Uhfqxz2c6fHW-DVI90dseqmA/s1600/apoio_0800_290_390.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgphJ8WrOb-QoYrvqRA_1GyG8MFCk7vicn1ma9102rMVZFt4pcwYQBP91IM0FHYTWEEfJBQDap3sGBcOMuT0vn-DQ0WGPVvWUMunXQa_RvPHBiFehWwze5Uhfqxz2c6fHW-DVI90dseqmA/s320/apoio_0800_290_390.gif" width="237" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-56698080540352771632012-03-16T12:33:00.000-03:002012-03-16T12:33:45.055-03:00As Ideias na Ficção (Profa. Dra. Ivone Fedeli) – MONTFORT<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/79jaY4kOWo8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-44763575828441737872012-03-12T14:51:00.002-03:002012-03-13T00:01:19.500-03:00Os Porcos Se LevantamRecebi de um amigo um link do site <a href="http://www.midiasemmascara.org/">midia sem mascara</a> com a reportagem abaixo.<br />
"O levantar dos porcos e seu chafurdar pela lavagem" é algo que qualquer um percebe já há muito tempo. Todavia poucas vezes é admitida tão claramente como aqui:<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><b><span style="color: yellow;">BBC: "zombaremos de Jesus, mas nunca de Maomé"</span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span style="color: yellow;">ESCRITO POR THE CHRISTIAN INSTITUTE<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> | 07 MARÇO 2012<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span style="color: yellow;">MEDIA WATCH<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> - OUTROS</span></b></div><br />
O chefe da BBC, Mark Thompson, admitiu que a rede de televisão britânica nunca zombaria de Maomé como zomba de Jesus.<br />
<br />
Ele justificou a chocante confissão de preconceito religioso ao sugerir que zombar de Maomé poderia ter a “força emocional” de “pornografia infantil grotesca” (atraindo muita revolta e fúria do público).<br />
<br />
O diretor geral da BBC disse que a rede jamais zombaria de Maomé como zomba de Jesus.<br />
<br />
Mas Jesus é alvo fácil de zombarias, sem maiores consequências, porque, ele disse, o cristianismo tolera tudo e tem poucos laços com etnia.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: center;"><b><span style="color: yellow;">Preconceito</span></b></div>O sr. Thompson diz que a BBC nunca teria transmitido Jerry Springer The Opera — um polêmico musical que zombou de Jesus — se seu alvo tivesse sido Maomé.<br />
<br />
Ele fez as declarações numa entrevista para um projeto de pesquisa na Universidade de Oxford.<br />
<br />
O sr. Thompson disse: “A questão é que para um muçulmano, uma representação teatral, particularmente uma representação cômica ou humilhante, do profeta Maomé pode ter a força emocional de uma peça de pornografia infantil grotesca”.<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><b><span style="color: yellow;">Insultos</span></b></div>Um representante da BBC não estava disponível para comentar.<br />
<br />
No ano passado o ex-âncora de notícias da BBC Peter Sissons disse que os cristãos são “alvo fácil de zombarias e insultos”, sem maiores consequências, na empresa, enquanto ao mesmo tempo é proibido ofender muçulmanos.<br />
<br />
O sr. Sissons, cujas memórias foram publicadas em série no Daily Mail, disse: “O islamismo não deve ser ofendido a qualquer preço, porém os cristãos são alvo fácil de zombarias e insultos porque eles não fazem nada para se defender quando são ofendidos”.<br />
<br />
O ex-apresentador também disse que os funcionários têm suas carreiras prejudicadas se eles não seguem a mentalidade da BBC.<br />
<br />
<br />
<br />
Tradução: Eliseu P. L. J.<br />
<div><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-49451339268281527402011-12-14T19:54:00.006-02:002011-12-15T10:00:14.516-02:00Martinismo - Forma de Cavalaria Cristã ?<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFk8ABlG2ez0llhpe6Glu07d1VnBHnNtz9PLhoUeqRRLNvn5Sr3on6-yeBxLPNqAhqa8vMSgdqPDL3vZuZ72RlnNvTls7PqGrjM_SC0bGhmhKRu_XeoMgH__myHWQaSh1H0zh_dkrWEFI/s1600/Papus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFk8ABlG2ez0llhpe6Glu07d1VnBHnNtz9PLhoUeqRRLNvn5Sr3on6-yeBxLPNqAhqa8vMSgdqPDL3vZuZ72RlnNvTls7PqGrjM_SC0bGhmhKRu_XeoMgH__myHWQaSh1H0zh_dkrWEFI/s200/Papus.jpg" width="200" /></a></div>Não há conhecedor do esoterismo / ordens iniciáticas da atualidade que não tenha ouvido falar do <a href="http://frateralexander.blogspot.com/2011/03/tradicional-ordem-martinista-sob-otica.html">Martinismo</a> e sua suposta postura judaico-cristã. </div><div style="text-align: justify;">Para quem não conhece , o martinismo se baseia na gnose de Martinez de Pasqualis e de Louis Claude de Saint Martin (que teve grande influencia até mesmo em meios católicos graças aos escritos de Joseph de Maistre). O martinismo moderno porém deve sua forma a seu fundador Gerard Encause (Papus) que o definia da seguinte forma:</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><blockquote style="color: #6aa84f;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“O Martinismo é uma livre Cavalaria Cristã, dedicada ao estudo do esoterismo cristão, à pratica da caridade em todas as modalidades e constituí assim a porta de ingresso a quase todas as Fraternidades mais elevadas”.</span></span></span></div></blockquote>E é justamente como "Cavaleiros de Cristo" que se sentem os martinistas - chegando um dos ramos atuais a utilizar o nome de Ordem Martinista dos Cavaleiros de Cristo. Mas isso pode ser verdade ?<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Bom ... é sobre essa possibilidade que trato a partir de agora. O post é basicamente a argumentação que utilizei para refutar essa tese , levantada por um amigo (que trouxe uma das ramificações do martinismo para o Brasil) e que insistia no fato do martinismo ser uma "Autentica Ordem de Cavalaria Cristã".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Obviamente não citarei o nome desse amigo (que tenho em grande apreço ) e nem reproduzirei o dialogo - não estou autorizado a isso. Todavia sinto-me a vontade para postar minha argumentação de que o Martinismo JAMAIS poderia ser tido como uma ordem de cavalaria - muito menos - cristã. <br />
Prossigamos.<br />
<br />
<a name='more'></a></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><span style="font-size: large;">Conceitos de Cavalaria</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Quando um esotérico qualquer , seja ele de uma vertente Martinista ou não (podemos observar essa mesma fantasia em outros grupos desse tipo) , clama para si origem em ordens de cavalaria (algumas chegam a clamar origem templaria) ou ainda ser - no presente - uma autentica ordem de cavalaria. Fica claro que essa pessoa não carrega em si a mínima noção que seja sobre história , teologia ou filosofia cristã. Para evitar os erros, antes de tudo, é necessário contemplar - ainda que não profundamente - os conceitos que envolvem a Cavalaria Cristã.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><blockquote class="tr_bq" style="color: #6aa84f;"><span style="font-size: 10pt;">A Cavalaria “<i>era a forma cristã da condição militar”</i> e “<i>o cavaleiro era o soldado cristão”</i> na sua plenitude, segundo explica Léon Gautier. (Cfr. Léon Gautier, <b>La Chevalerie</b>, Arthaud, Paris 1959, p. 27).</span><br />
<span style="font-size: 10pt;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A Cavalaria teve origem na cristianização dos costumes bárbaros. Em todos os povos, mesmo pagãos, se encontra, entre os soldados, a noção de prática de guerra e das virtudes guerreiras de modo elevado. Entre os japoneses, esse ideal formou o código de honra dos samurais. Essa tendência natural do homem de praticar as virtudes bélicas de modo ideal e perfeito foi cristianizado pela Igreja na Cavalaria. Os bárbaros amavam a guerra a tal ponto que ingenuamente imaginavam que no seu céu haveria contínuas batalhas. A Igreja procurou ordenar o ardor bélico dos bárbaros e regular o seu amor e espírito de luta, dando-lhes um motivo – a luta por Deus -- e seu fim: a conquista da Terra Santa.Na Europa, a Cavalaria nasceu dos costumes germânicos cristianizados pela Igreja. Ela não surgiu por um decreto, nem foi fundada por um homem determinado. Desabrochou naturalmente dos costumes germânicos, sobrenaturalmente purificados pelo cristianismo.</span></div></blockquote><div style="text-align: justify;">Logo de imediato, podemos perceber que a Cavalaria Cristã é - antes de tudo - a Cavalaria (grupo de armas terrestre de combate a cavalo) sendo chamada a colocar-se a serviço de Deus.</div><div style="text-align: justify;">Olhemos mais de perto essa belicosidade da Cavalaria Cristã.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><blockquote class="tr_bq" style="color: #6aa84f;"><span style="font-size: 10pt;">"<i>Não podendo acabar com a guerra, a Igreja cristianizou o soldado</i>", diz Léon Gautier (op. cit. p. 31). </span></blockquote><div style="text-align: justify;"><blockquote class="tr_bq" style="color: #6aa84f;"><span style="font-size: 10pt;"> " <i>O soldado cristão não é homicida, na guerra, e sim um malicida</i>", diz Santo Agostinho, pensamento que será repetido por São Bernardo ao escrever o seu Elogio da Nova Cavalaria, justificando a existência do monge guerreiro Templário. Nesse trabalho, “<i>São Bernardo denuncia e lamenta a cavalaria do mundo,e, brincando com as palavras (<u>militia</u>, <u>malitia</u>) denuncia essa <u>“malícia do mundo</u>” (<u>non</u> <u>dico</u> <u>militiae</u> <u>sed</u> <u>malitiae</u>) a</i> Milícia Cristã contra a Malícia do mundo ( Alain Demurger, <b>Les Templiers</b>, Éditions du Seuil, Paris, 2005, p. 61). </span> </blockquote></div><div style="text-align: justify;">Diante disso podemos arguir: "Pode alguma vertente do Martinismo considerar-se grupo cristão de cavalaria ? " <br />
A resposta óbvia é : NÃO.<br />
Como bem sabemos, o martinismo não é uma ordem militar e nem sequer mantém vinculo algum com a Igreja.<br />
Somente para estender um pouco vamos vislumbrar os mandamentos da cavalaria cristã, para vermos se o martinismo - ou qualquer grupo esotérico ou maçónico pode requerer tal titulo.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq" style="color: #6aa84f;"><blockquote class="tr_bq"><div style="text-align: justify;"><blockquote class="tr_bq"><span style="font-size: small;">1 º Mandamento: Crerás em tudo quanto ensina a Igreja.</span><u><span style="font-size: 10pt;"><br />
</span></u><span style="font-size: 10pt;">2º Mandamento: Defenderás a Igreja</span><span style="font-size: 10pt;"><br />
3º Mandamento: Respeitarás os fracos</span><br />
<span style="font-size: 10pt;">4º Mandamento: Amarás o país em que nasceste</span><b><span style="font-size: 10pt;"><br />
</span></b><span style="font-size: 10pt;">5º Mandamento: Não recuarás diante do inimigo</span><span style="font-size: 10pt;"><br />
6º Mandamento: Farás ao infiel guerra sem trégua e sem mercê</span><span style="font-size: 10pt;"><br />
7º Mandamento: Cumprirás exatamente teus deveres feudais se não forem contrários à lei de Deus</span><span style="font-size: 10pt;"><br />
8 º Mandamento: Não mentirás e serás fiel a palavra dada</span><span style="font-size: 10pt;"><br />
9º Mandamento: Serás generoso e farás liberalidade a todos</span><span style="font-size: 10pt;"><br />
10º Mandamento: Combater o mal e defender o bem</span></blockquote></div></blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Não é preciso dizer que NENHUM desses mandamentos passou pela mente relativista de martinista algum.<br />
<br />
Alias, grupos de cavalaria cristã jamais poderiam ser relativistas... aceitando infinidades de pensamentos diferentes , simplesmente porque foram criados para combater os inimigos da igreja.<br />
<br />
Cito aqui Orlando Fedeli (Doutor em História) comentando o sexto mandamento da cavalaria cristã:<br />
<span style="color: black; font-size: 10pt;"><br />
</span><br />
<blockquote class="tr_bq" style="color: #93c47d;"><span style="font-size: 10pt;">Para compreender este mandamento, é preciso lembrar que Deus estabeleceu uma guerra total entre os bons e os maus, na História.</span> Foi na tarde triste em que Adão e Eva foram expulsos do Paraíso Terrestre, que, ao amaldiçoar a serpente, Deus disse:</blockquote><div style="color: #93c47d;"></div><blockquote style="color: #93c47d;"><div style="margin: 0pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 10pt;"> <br />
</span><span style="font-size: 10pt;">"<i>Porei inimizades entre ti e a mulher, entre tua raça e a dela. Tu lhe armarás ciladas ao calcanhar e Ela mesma te esmagará a cabeça</i>", (Gen. III, 15).<br />
</span><span style="font-size: 10pt;">Há, pois, na História um ódio inquebrantável entre os filhos do demônio e os filhos de Nossa Senhora, e nessa guerra não pode haver trégua nem mercê. Nessa guerra toda conciliação equivale à traição. A história, pois, é uma Grande Cruzada. É natural, então, que os cavaleiros cruzados tivessem o mandamento de combater todos os inimigos da Fé.<br />
<br />
Quando, na primeira cruzada, os cruzados cercaram Antioquia, ocupada pelos turcos, os árabes do Egito vieram oferecer aliança ou a guerra, aos cristãos. No conselho dos chefes, chegou a ser debatida a oferta de aliança dos árabes. Foi então que um cavaleiro, levantando-se, perguntou como era possível esta aliança. Então ver-se-ia o estandarte de Cristo misturado com os estandartes infiéis? E os guerreiros de Deus lutariam, lado a lado, com os soldados de Lúcifer? E concluía dizendo aos embaixadores árabes que os cristãos diante de Antioquia fariam guerra aos turcos, e aos árabes também, pois os cristãos "<i>só se podiam aliar com as potências que respeitam as leis e a justiça das bandeiras de Jesus Cristo</i>” (J.F.Michaud,<b> História das Cruzadas</b>, ed.. cit.,Vol. I, p. 275).</span></div><div style="margin: 0pt; text-indent: 35.4pt;"></div><span style="font-size: 10pt;">Quando, na terceira cruzada, o sultão de Icônio ofereceu passagem aos cruzados alemães de Frederico Barbarruiva, em troca de três mil peças de ouro, este lhe mandou dizer: </span><br />
<span style="font-size: 10pt;"> </span><br />
<span style="font-size: 10pt;"> "<i>Não tenho o costume de comprar meu caminho com ouro, mas de abri-lo com o ferro, e com o auxílio de N. S. Jesus Cristo, de quem somos soldados</i>", (J.F.Michaud,<b> História das Cruzadas</b>, ed.. cit., vol. lII, p. 36).</span></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Logo , podemos crer, ante os livros de história, que afirmar que qualquer um dos grupos martinistas mereça ser chamado de Ordem de Cavalaria Cristã é, no mínimo, cair mergulhar em uma fantasia burlesca. </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-77947584096819876292011-11-01T13:07:00.000-02:002011-11-01T13:07:57.919-02:00Superpopulação ? ... Somos Cerca de 7 Bilhões Agora ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/H5dEd0Kzx40?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-67168458582310676402011-10-30T16:48:00.001-02:002011-10-30T16:51:25.285-02:00Jesus Histórico<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_oV9fzfBgSmDce1XPnOAKxQC4lLbJ5I9hWa0qbulh_5bxnQ4RQY93VAVVbjgLq2Sg8rJnPtUuCuQXs2YKOkqnu1owg7FlR_mPkpZSHYAmrzAOyoA-IXbgi-twPNRzouvMByTvgILLHO0/s1600/paginas+hisoria.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_oV9fzfBgSmDce1XPnOAKxQC4lLbJ5I9hWa0qbulh_5bxnQ4RQY93VAVVbjgLq2Sg8rJnPtUuCuQXs2YKOkqnu1owg7FlR_mPkpZSHYAmrzAOyoA-IXbgi-twPNRzouvMByTvgILLHO0/s200/paginas+hisoria.jpg" width="200" /></a></div>Outro dia recebemos de um nossos leitores um comentário a respeito de um de nossos posts ( mais precisamente o que fala sobre a <a href="http://frateralexander.blogspot.com/2011/01/jesus-dos-13-aos-30-anos-primeira-parte.html">adolescência de Jesus</a> ) considerando como falsas todas as hipóteses por ele apresentadas. Para ele, tudo o que se levanta sobre a pessoa de Jesus de Nazaré é uma mentira, pelo fato de que ele - simplesmente - nunca existiu.</div><div style="text-align: justify;">O que pensar a respeito ?<br />
<br />
<a name='more'></a>A pessoa de Jesus Cristo sempre causou polemica. Diversas foram as disputas cristológicas mesmo dentro do seio da igreja. Podemos citar por exemplo: O adocionismo, o apolinarismo, o trinitalismo, o sabelianismo, o marcionismo, o monarquianismo, o monofisismo , o nestorianismo, origenismo e o priscilianismo. Isso , só na antiguidade.<br />
Atualmente, porém, as disputas se dão menos no campo da doutrina religiosa e o que mais se questiona no lugar de Sua natureza é a não existência de Jesus de Nazaré. <br />
Pois bem, além (é claro) das fontes bíblicas , há 5 documentos que mencionam direta ou indiretamente Jesus. Podemos citar entre os autores <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%BAblio_Corn%C3%A9lio_T%C3%A1cito" title="Públio Cornélio Tácito">Públio Cornélio Tácito</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fl%C3%A1vio_Josefo" title="Flávio Josefo">Flávio Josefo</a>, <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%ADnio,_o_Jovem" title="Plínio, o Jovem">Plínio, o Jovem</a> e outros. Tais documentos tem caráter histórico indiscutível.<br />
<br />
Falemos primeiro do historiador judeu Flávio Josefo, que viveu ainda no primeiro século (nasceu no ano 37 ou 38) e participou da guerra contra os romanos no ano 70, em seu livro Antigüidades Judaicas escreveu: <br />
<blockquote class="tr_bq" style="color: #b6d7a8;">"(O sumo sacerdote) Hanan reúne o Sinedrim em conselho judiciário e faz comparecer perante ele o irmão de Jesus cognominado Cristo (Tiago era o nome dele) com alguns outros" (Flavio Josefo, Antiguidades Judaicas, XX, p.1, apud Suma Católica contra os sem Deus, dirigida por Ivan Kologrivof. Ed José Olympio, Rio de Janeiro 1939, p. 254). </blockquote><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> </span></div><span style="font-size: small;">Ainda no mesmo livro escreveu: </span><br />
<br />
<blockquote class="tr_bq" style="color: #b6d7a8;">"Foi naquele tempo (por ocasião da sublevação contra Pilatos que queria servir-se do tesouro do Templo para aduzir a Jerusalém a água de um manancial longínquo), que apareceu Jesus, homem sábio, se é que, falando dele, podemos usar este termo -- homem. Pois ele fez coisas maravilhosas, e, para os que aceitam a verdade com prazer, foi um mestre. Atraiu a si muitos judeus, e também muitos gregos. Foi ele o Messias esperado; e quando Pilatos, por denúncia dos notáveis de nossa nação, o condenou a ser crucificado, os que antes o haviam amado durante a vida persistiram nesse amor, pois Ele lhes apareceu vivo de novo no terceiro dia, tal como haviam predito os divinos profetas, que tinham predito também outras coisas maravilhosas a respeito dele; e a espécie de gente que tira dele o nome de cristãos susiste ainda em nosos dias". (Flávio Josefo, História dos Hebreus, Antigüidades Judaicas, XVIII, III, 3 , ed. cit. p. 254). </blockquote><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> </span></div><span style="font-size: small;">Tácito, historiador , orador e politico romano, também fala de Jesus. </span><br />
<br />
<blockquote class="tr_bq" style="color: #b6d7a8;"><span style="font-size: small;">"Para destruir o boato (que o acusava do incêndio de Roma), Nero supôs culpados e inflingiu tormentos requintadíssimos àqueles cujas abominações os faziam detestar, e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome lhes vem de Cristo, que, sob o principado de Tibério, o procurador Pôncio Pilatos entregara ao suplício. Reprimida incontinenti, essa detestável superstição repontava de novo, não mais somente na Judéia, onde nascera o mal, mas anda em Roma, pra onde tudo quanto há de horroroso e de vergonhoso no mundo aflue e acha numerosa clientela" (Tácito, Anais , XV, 44 trad, Gaelzer na Coleção Budé, apud Suma Católica contra os sem Deus p. 256). </span></blockquote><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> </span></div><span style="font-size: small;">Suetônio (nascido em 69 da era cristã) na "Vida dos Doze Césares", publicada nos anos 119-122, diz que que o imperador Cláudio "expulsou os judeus de Roma, tornados sob o impulso de Chrestos, uma causa de desordem"; e, na vida de Nero, que sucedeu a Cláudio, acrescenta: "Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplício" (Suetônio, Vida dos doze Césares, n. 25, apud Suma Católica contra os sem Deus, p. 256-257). </span><br />
<span style="font-size: small;"> Plínio, o moço, em carta ao imperador Trajano (Epist. lib. X, 96), nos anos 111 - 113, pede instrução a respeito dos cristãos, que se reuniam de manhã para cantar louvores a Cristo (Cfr, Suma Católica contra os sem Deus,p. 257.<br />
<br />
Bom, ai esta.<br />
Documentos históricos, citações históricas , historiadores não cristãos ... Se tais provas podem ser questionadas... tudo mais o pode. </span><br />
<div style="font-family: inherit;"><br />
</div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-68300719041348409462011-10-27T15:58:00.000-02:002011-10-27T15:58:01.374-02:00Batalha Pelo Catolicismo<div style="text-align: justify;">Assistam a um dos capítulos da batalha pela fé travada pelos fiéis do padre Michael Rodríguez, da diocese de El Paso, Texas, Estados Unidos.</div><div style="text-align: justify;">Um padre diocesano que tem lutado com coragem, sem ligar para a cara feia e desprezo de seus pares e superiores hierárquicos, e, em poucos anos, implementa em sua paróquia um trabalho <strong>constante</strong> e <strong>sólido</strong> em favor da restauração litúrgica e doutrinal da fé católica. Seus esforços não são em vão. Após sua transferência abrupta para a “Sibéria”, os fiéis se organizam e pedem a sua volta e, sobretudo, a volta do catolicismo outrora oferecido em sua paróquia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/GMqIIbg7Q70?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: yellow;">Fonte: </span></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://fratresinunum.com/">http://fratresinunum.com</a> </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-45883961580903967352011-09-18T17:23:00.002-03:002011-09-19T10:22:57.228-03:00A Liturgia da Santa Comunhão - Parte IV<u><b>Ritos Iniciais</b></u><br />
<br />
Os ritos iniciais são talvez os mais importantes da liturgia. Isto porque eles servem para preparar a Igreja para adorar na presença de Deus.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<b>Canto de Entrada</b><br />
<br />
Um canto de entrada, um prelúdio musical ou uma recitação de salmos prepara a Igreja para entrar no espírito de adoração. É muito comum e necessário. É nessa hora que os fiéis vão saber que estão participando do culto a Deus.<br />
<br />
<b>Saudação</b><br />
<br />
O ministro faz uma saudação aos fíéis reunidos. O ideal é que essa saudação seja feita em nome Santíssima Trindade. Isso identifica que o ministro vai conduzir um culto a Eles e não a outros deuses ou a si próprio como tem se tornado comum entre os "super-pastores" e ditos "apóstolos".<br />
<br />
<b>Oração Inicial</b><br />
<br />
Uma oração inicial que tem como objetivo pedir a Deus que aceite o culto oferecido e que prepare o coração dos fiéis.<br />
<br />
<b>Penitência</b><br />
<br />
Muitas igrejas carismáticas, modernas ou pentecostais tem ignorado solenemente esta parte que é uma das mais fundamentais. Todos os ritos iniciais poderiam ser até esquecidos, mas este jamais. A penitência é o momento em que o ministro vai conduzir a Igreja reunida ao arrependimento. Neste momento a Igreja deve refletir sobre sua pecaminosidade e rogar misericórdia a Deus.<br />
<br />
É um momento ainda mais indispensável caso a celebração seja eucarística. Para as missas em geral, a comunhão é sempre feita. Entretanto muitas igrejas protestantes não celebram a comunhão em todos os seus cultos.<br />
<br />
Ainda assim, o ato penitencial deveria ser executado toda vez que os fiéis seu reunissem na presença de Deus, seja por qual motivo for. Inclusive nas orações privadas.<br />
<br />
Algumas igrejas colocam o ato penitencial não nos ritos iniciais, mas antes da Comunhão em si.<br />
<br />
Pentitência, ou seja, confissão, é questão de vigília. Não sabemos o dia de amanhã, então confesse sempre que estiver diante do Altíssimo.<br />
<br />
<u><b>Santas Escrituras</b></u><br />
<br />
Terminados os ritos iniciais, especialmente o ato penitencial, a Igreja está preparada para prosseguir sua Santa Comunhão pública, normalmente se segue a liturgia da Palavra.<br />
<br />
A liturgia da Palavra é a parte docente do culto, ou seja, é o momento em que os fiéis aprenderão a respeito da doutrina do Nosso Senhor Jesus Cristo.<br />
<br />
É também o momento em que a Igreja reunida identificará sua fé.<br />
<br />
<b>Leitura das Escrituras</b><br />
<br />
A leitura sempre existiu na Comunhão. Nos tempos antigos, o acesso a Bíblia era raríssimo e portanto a leitura das Palavras de Deus servem para levar ao povo este santo conhecimento.<br />
<br />
A leitura da Bíblia era tão restrita à Comunhão que o Livro Sagrado passou a ser tratado com muita reverência desde os tempos nicenos e não era pra menos já que, em muitos lugares, o exemplar da Bíblia da igreja local era o único exemplar a quilômetros de distância.<br />
<br />
É possível ver esta reverência hoje nas igrejas que utilizam liturgias antigas, como os ramos oriental e romano. A forma como o ministro manuseia o livro é cheia de respeito e de ritualística.<br />
<br />
A partir do surgimento da imprensa, a Igreja, especialmente o ramo protestante, começou a difundir largamente a leitura da Bíblia fora do culto público. Foi a partir daí que a Bíblia Sagrada se tornou o livro mais famoso, mais lido e mais impresso do universo.<br />
<br />
O ideal é que a leitura seja feita através de um lecionário, ou seja, através de uma organização cronológica de forma que a leitura não seja feita de acordo com a cabeça do ministro, mas sim de uma maneira que, ao longo de 1 ano ou mais, os fiéis tenham estudado a Bíblia de forma sistemática.<br />
<br />
Os carismáticos e pentecostais em geral não gostam de lecionários. Eles acham que a Igreja tem que ler o que o Espírito mandar. Os tradicionais preferem a idéia de que o Espírito deve preferir que a Igreja estude toda a Bíblia sistematicamente e a leia e a entenda como um todo. Afinal, elas já são as Palavras do Altíssimo.<br />
<br />
<b>Proclamação do Evangelho</b><br />
<br />
É a mesma leitura, mas nessa parte, lê-se o que há de mais importante nas Escrituras: o Evangelho do Nosso Senhor. A reverência aqui é ainda maior. Em liturgias antigas, que remontam os tempos em que a Bíblia era rara, a parte em que o Livro do Evangelho é aberto para leitura é cheio de reverência.<br />
<br />
<b>Homília</b><br />
<br />
Também conhecida como pregação, é a parte em que o ministro vai falar a respeito daquilo que foi lido. O ministro pode usar uma homília escrita ou discursar de cor.<br />
<br />
Os carismáticos vão falar as palavras que os Espírito soprou no ouvido. O fato é que os loucos na sua loucura realmente escutam "coisas". Os que usam a homilética tradicional preferem clarear a mente dos fiéis com lições que os ajudem a entender a Bíblia, que é a única Palavra dada por Deus para toda a eternidade.<br />
<br />
<b>Confissão de Fé</b><br />
<br />
Os fiéis reunidos fazem a leitura de uma confisão de fé que identifiquem sua fé naquilo que foi lido e no Nosso Senhor Jesus Cristo e na Sua Santa e Amada Igreja. Algumas igrejas acham isso repetitivo demais e não fazem isso com frequência. Deve ser por isso que muitos cristãos hoje não se lembram mais em que creem direito.<br />
<br />
Na igreja oriental o Credo Niceno é o preferido. Na ocidental, o Credo Apostólico. Ambos maravilhosas e antigas simplificações da fé cristã.<br />
<br />
<u><b>Celebração Eucarística</b></u><br />
<br />
Este é o centro do culto a Deus, porque é a Liturgia Divina. A Santa Ceia é a repetição que Jesus ordenou aos seus Apóstolos. Fazemos isso em memória Dele. Muitas igrejas fazem isso em todos os cultos públicos, é o caso da missa católica. No ramo protestante várias igrejas só celebram de tempos em tempos, normalmente 1 vez por mês.<br />
<br />
As justificativas para o número de vezes que se deve celebrar a Santa Ceia são diversas. Alguns Padres da Igreja afirmam que o cristão deve receber a Ceia em todas as celebrações públicas sempre que possível. Basílio de Cesaréia chegava a comungar 4 vezes por semana. Por outro lado, Agostinho já dizia que isso é de acordo com a necessidade de cada cristão. Entre os reformadores, Zuínglio considerava possível até 4 Comunhões por ano, enquanto que Calvino achava indispensável que a Comunhão fosse celebrada todos os domingos.<br />
<br />
<b>Interceção</b><br />
<br />
É comum em muitas liturgias que uma interceção seja feita antes da Sagrada Comunhão. Neste momento o ministro e as vezes os fiéis vão orar por diversas classes de pessoas ou por diversos motivos. Normalmente há uma lista oficial de classes de pessoas cuja a petição é dirigida. A lista pode ser imensa em liturgias antigas e medievais, como pode ser bem resumida ou ainda pode ser mais espontânea, relacionando-se a problemas locais ou passageiros. Algumas igrejas usam os chamados Livros de Oração, onde as pessoas escrevem motivos para que durante a liturgia o ministro faça interceção.<br />
<br />
Para uma boa interceção é recomendável que ela seja sempre escrita, para que ninguém seja esquecido. A interceção é muito importante para o Corpo de Cristo.<br />
<br />
<b>Palavras da Instituição</b><br />
<br />
São as palavras que descrevem o momento em que Jesus celebrou a Última Ceia. É a Liturgia Excelente e Divina, pois é a repetição universal que certamente nunca foi alterada desde os Santos Apóstolos.<br />
<br />
Normalmente são repetidas as palavras de S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas ou S. Paulo. Nas de Paulo se diz:<br />
<br />
<i>Na noite em que foi entregue o SENHOR JESUS tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: Isto é o Meu Corpo, que é para vós; fazei isto em memória de MIM. <br />
<br />
Do mesmo modo, após a Ceia, também tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova Aliança em Meu Sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de MIM.</i><br />
<br />
Nas igrejas que usam hostia a comunhão é feita em um único ato. Nas igrejas que mantém a tradição do Pão e do Vinho, são dois atos, um para cada Elemento do Corpus Christi.<br />
<br />
Neste momento, o ministro também excomunga aqueles que não podem participar da Santa Ceia, ou seja, os infiéis e os indignos. Pelo menos é isso que deveria ser feito, mas com o passar dos anos a excomunhão foi ficando cada vez menos clara. Em liturgias da antiguidade, o ministro exigia claramente que os excomungados saíssem do templo durante a Santa Ceia. Na idade média a excomunhão também está presente com clareza, assim como a advertência do sacrilégio de participar da Ceia sem um devido ato de confissão. Hoje a excomunhão da ceia é considerado muito severo entre os modernistas, que assim acabam empurrando pessoas que são incapazes de discernir o Corpus Christi, o que é um grave pecado.<br />
<br />
A excomunhão das crianças e outro assunto discutido. Algumas igrejas, especialmente as orientais, costumam deixar que crianças comunguem. No ocidente, porém, já é mais conhecido que uma criança deve ser excomungada até que ela se torne adulta, confesse sua fé e assim possa receber sua Primeira Comunhão<br />
<br />
<b>Consagração</b><br />
<br />
O ministro consagra o Corpo e o Sangue e pede a capacitação dos fiéis para receber tão sublimes elementos. Nas igrejas da transubstanciação, como no catolicismo, o Pão e o Vinho se transformam no verdadeiro Corpo de Cristo. Nas outras igrejas, o Pão e Vinho que foram devidamente consagrados, se tornam um símbolo sagrado do Sacrifício do Cordeiro de Deus.<br />
<br />
Em toda a cristandade, este momento representa dramaticamente a morte de Cristo pela Igreja. O momento mais importante de toda a história universal.<br />
<br />
<b>Comunhão</b><br />
<br />
O Corpo e o Sangue são recebidos pela igreja. Na igreja primitiva eram usados Pão e Vinho separadamente como mostram várias fontes inclusive a rústica liturgia encontrada na Primeira Apologia de São Justino que data do segundo século. Entretanto ao longo do tempo muitas igrejas começaram a adotar a hostia como um símbolo do pão e do vinho.<br />
<br />
<b>Ações de Graças</b><br />
<br />
Um momento para horar pelas bençãos de Deus e pelo privilégia de participar da Mesa de Cristo.<br />
<br />
<u><b>Ritos Finais</b></u><br />
<br />
<b>Benção</b><br />
<br />
O ministro dá sua benção aos fiéis reunidos. Existem muitas fórmulas de bençãos famosas, como a Benção Araônica, a Benção Apostólica, ou outras bençãos que podem ser extraídas da Bíblia ou de outros escritos. <br />
<br />
<b>Despedida</b><br />
<br />
A Igreja é despedida. Isto normalmente é feito com uma palavra do ministro ou com um posludio musical.<br />
<br />
<br />
<u><b>Observações</b></u><br />
<br />
Dependendo da liturgia ela será mais cantada, mais falada, mais escrita ou menos escrita. Tudo dependerá da tradição da Igreja.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-52915648094224551792011-09-14T12:12:00.004-03:002011-09-18T17:29:14.062-03:00A Liturgia da Santa Comunhão - Parte III<b>Justificando a Liturgia</b><br />
<br />
No século XVIII, a igreja que sobreviveu ao renascimento medieval está tentando sobreviver ao iluminismo. A agenda secular agora não é mais as obras de arte, mas sim a fundamentação do mundo centrado no homem. Alguns dizem que Deus talvez não exista, enquanto outros dizem que o homem veio do macaco.<br />
<br />
Um flerte entre a igreja e o novo pensamento é inevitável, entrentato a diferença é que o envolvimento não se restringe ao baixo e alto clero. Teólogos estão tentando entrar no jogo. Talvez pelo medo da teologia sair dos anais da academia, os doutores da igreja tentam conciliar o estudo que põe Deus no trono com os estudos que põe o homem no lugar de Deus. É o início do liberalismo teológico.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
A doutrina cristã já não é mais só estudada do ponto de vista da escolástica, da metafísica e da hermenêutica tradicional. O método histórico-crítico de interpretação Bíblica, por exemplo, começa a ser celebrado por muitos estudiosos, especialmente teólogos protestantes, o que vai permitir uma transformação radical no entendimento das verdades bíblicas. Um século depois essa praga diabólica estará corroendo almas nos seminários.<br />
<br />
Se a teologia e a dogmatica ortodoxa estão sendo combatidas dentro da própria Santa Igreja, a liturgia, muito mais frágil, está em curso muito mais descendente. Com a teologia liberal, a própria ressurreição do Nosso Senhor já está difícil de justificar. O que se dirá então da liturgia?<br />
<br />
As novas igrejas do final do século XIX e do século XX não querem saber de liturgia. Tais igrejas perderam totalmente o contato com a eclesiologia e teologia clássicas. Elas usam apenas o que precisam para se manterem viáveis. Enquanto isso as igrejas tradicionais, que persistem no cristianismo ortodoxo, estão sendo invadidas pelo movimento carismático e pela teologia liberal.<br />
<br />
As igrejas que ainda utilizam a liturgia, as igrejas tradicionais, especialmente nos ramos mais tradicionais destas, ainda a justificam da mesma forma que as gerações anteriores: usando como base os sinais bíblicos da liturgia, tais como a Oração Dominical e as palavras da instituição da Santa Ceia, e a crença fundamental de que a liturgia, uma arte de ordenação e administração da Comunhão, é a melhor regra culto e contraste com a regra carismática.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghjISxjZMyghzbXFKDT0mokhU4tfKQ9fueYRKOzxF6EkVxt4wyWN5x83w_dpzqNUaw7dd0l1dt_oDa3or_rNTtE4lPv6cgcuc1g7Ixyjl18J3t1M6oBQK3lB2IVlDB5FWNsuN2qa3vugE/s1600/charismatic_chaos08.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghjISxjZMyghzbXFKDT0mokhU4tfKQ9fueYRKOzxF6EkVxt4wyWN5x83w_dpzqNUaw7dd0l1dt_oDa3or_rNTtE4lPv6cgcuc1g7Ixyjl18J3t1M6oBQK3lB2IVlDB5FWNsuN2qa3vugE/s1600/charismatic_chaos08.jpg" /></a></div>A regra carismática de culto é aquela que coloca em primeiro lugar o Carisma da comunidade e do ministro na adoração. Isto é, um culto sem milagres, sem profecias, sem choro e sem dons extraordinários não é um culto. Os carismáticos acreditam que o culto a Deus é exatamente como as ações carismáticas de Cristo na terra. Nosso Senhor foi essencialmente carismático. Ele não dava um passo sem curar e sem trazer palavras diretamente dos Céus.<br />
<br />
Os carismáticos, especialmente os pentecostais, também associam seu culto aos fenômenos ocorridos no Pentecostes que foi um momento especial na história da Igreja onde os Apóstolos fizeram milagres diante de uma multidão. Foi o momento da descida do Santo Espírito de Deus. A Terceira Pessoa da Trindade.<br />
<br />
A igreja tradicional, por outro lado, não crê que a melhor regra de culto seja a carismática pelo simples fato de que a Igreja não é Cristo e que o dia do Pentecostes foi um dia único, isto porque o Espírito Santo só desceu naquele dia, para todo o sempre-- Ele já está entre nós. Portanto, a Igreja cultua a Deus independente de qualquer ação carismática, ou seja, ela precisa ser zelosa e solene, independente de qualquer fenômeno extraordinário. Isto é, o culto a Deus precisa ser litúrgico. Litúrgico como foi a primeira Comunhão, a Ceia do Senhor e de Seus Apóstolos. Uma refeição sagrada e ordenada.<br />
<br />
Isto não altera o fato da Igreja ser para sempre carismática. Cultuar a Deus de forma liturgica não invalida a ação do Santo Espírito, que continua a acompanhar a Igreja por todos os séculos. A miopia não está na ordenação liturgica, a miopia está em achar que o carisma seja tudo. Deus é maior do que o carisma, porque ele é a fonte do carisma. Adoremos a Deus independente de milagres públicos. Na realidade, a adoração carismática vai mesmo é colocar seus adoradores num caos público.<br />
<br />
A falta de uma liturgia poderá causa a falta da repetição da comunhão, coisa que existe desde o tempo dos Apóstolos, a falta da solenidade e do respeito que devem ser devidos a Deus, a falta do zelo e da ortodoxia, na forma correta de adoração e por último a falta de um guia para que os fiéis cultuem a Deus.<br />
<br />
<b>A ordem da liturgia</b><br />
<br />
Dos tempos antigos até hoje as liturgias mudaram significativamente. Isto porque a Igreja sempre acreditou nas suas diferenças apesar da sua catolicidade. Mesmo na Igreja Católica Romana, a mais hierárquica e centralizada, as diferenças litúrgicas são visíveis.<br />
<br />
Até o periodo niceno, o culto era estritamente dividido em culto dos catecúmenos e culto dos fiéis, divisão que começou a cair em desuso depois da legalização da igreja. O culto dos catecúmenos servia basicamente para excomungar o infiel da Santa Comunhão, que é fechada apenas aos fiéis, ou seja, aos que já declararam sua fé e que sabem distinguir o Pão e o Vinho. As duas missas eram feitas de forma separada, mas uma seguida da outra.<br />
<br />
A igreja ocidental uniu as duas numa só, mas a igreja oriental ainda celebra uma missa de catecúmenos. Aliás, a igreja oriental é que tem ainda a maior diversidade de ritos e de simbologia. O oriente tem uma liturgia extremamente simbólica. A igreja ocidental é muito mais simplificada.<br />
<br />
Seja como for os pormenores, a liturgia da missa, ou do culto, é basicamente dividida em quatro partes:<br />
<ol><li>Ritos Iniciais</li>
<li>Santas Escrituras</li>
<li>Celebração Eucarística</li>
<li>Ritos Finais</li>
</ol>Em todas essas partes, as orações e os cantos estão presentes.<br />
<br />
As divesas igrejas da cristandade vão passar por essas partes de diversas maneiras possíveis. De um lado, a igreja oriental usando, por exemplo, o rito bizantino, vai preencher essas lacunas fazendo uso de uma extensa gama de repetições simbólicas. É necessário muito estudo para um fiel entender tudo que ele está fazendo ou vendo numa missa oriental caso ele não queira se afogar no meio de tantos gestos.<br />
<br />
Do lado completamente oposto, um culto puritano, como por exemplo o da Igreja Livre da Escócia, a liturgia será simplíssima, com leituras simples, orações espontâneas e coral à capela.<br />
<br />
<br />
Continua na Parte IVUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-18387797054972797922011-09-11T11:18:00.003-03:002011-09-18T17:28:55.120-03:00A Liturgia da Santa Comunhão - Parte II<b>As últimas liturgias</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmyH-etHSdEHUYDHG7zJSHagP3y8CpYh5qR31FM39foe7MlmpWb94zDWZQpT8paBi8gpkjYdrpgC9JThIiAtHaLaAN-mGy2EPw5rNKHJ2sKiXFkRvAqG55N26YHTOVZPvAqAC2laBWK6g/s1600/luther-hymn.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmyH-etHSdEHUYDHG7zJSHagP3y8CpYh5qR31FM39foe7MlmpWb94zDWZQpT8paBi8gpkjYdrpgC9JThIiAtHaLaAN-mGy2EPw5rNKHJ2sKiXFkRvAqG55N26YHTOVZPvAqAC2laBWK6g/s320/luther-hymn.jpg" width="320" /></a></div>Com o Concílio de Trento, a igreja romana uniformizou de vez sua liturgia: a missa tridentina se tornou sua missa mais excelente e padrão para todas as suas paróquias. Um pouco antes disso, Lutero começa a escrever suas liturgias. Elas são muito parecidas com a liturgia da missa, porém retirados os elementos que a teologia de Lutero não reconhece e adicionando, ou melhor, refinando um certo elemento: a música.<br />
<br />
A música, ou os cantos, sempre estiveram presentes na liturgia da Igreja, o que remonta a própria igreja primitiva, mas Lutero vai além. Com seu amor a música, Lutero começa a desenvolver seu hinário e a incentivar a composição de músicas para a missa. Entre os compositores cristãos iluminados pelo ideal de música sagrada de Lutero, figuram nomes eternos da música, como Bach. Compositor de fugas irretocáveis, Bach se tornou extremamente conhecido por sua atuação como cantor na igreja de São Tomás.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Tal encanto pela música ficou restrito ao ramo luterano da igreja, tendo em vista que a missa tridentina manteve o rito romano dentro da tradição do canto discreto. O mesmo se deu na liturgia do outro ramo protestante: o calvinista.<br />
<br />
Calvino considerava danoso o uso liberal da música na missa, que, diferente de Lutero, um apreciador do latim, preferia chamar de culto. Calvino, na liturgia que criou para a igreja de Genebra, manteve um canto monofônico, uníssono e à capela. Para ele, a tradição da música no estilo mais próximo ao gregoriano era o mais apropriado para Deus. Ele foi além, todavia, baniu as letras que não eram bíblicas e permitiu que o povo cantasse (embora não tenha permitido que o povo respondesse litanias, tal como era o padrão em toda as liturgias até os tempos medievais). Assim, enquanto Lutero escrevia um hinário, Calvino colocava os Salmos em partituras para serem cantadas nos cultos.<br />
<br />
<b>As diferenças substanciais nas liturgias</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrPKjE-cqZwnQKICiwSVTol1ThLDZXfYd8xfcsOzfC5UtEdcsa2TmvvE69UGrfPn3wWC9lhwIHgapXXrifoh4IfHZTtFJfD1vF5Zmbi0GUkf4P7iwss7elWfoXj_knMZq_VGzLrheOoNo/s1600/Tridentine+Mass.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrPKjE-cqZwnQKICiwSVTol1ThLDZXfYd8xfcsOzfC5UtEdcsa2TmvvE69UGrfPn3wWC9lhwIHgapXXrifoh4IfHZTtFJfD1vF5Zmbi0GUkf4P7iwss7elWfoXj_knMZq_VGzLrheOoNo/s1600/Tridentine+Mass.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Missa Tridentina</td></tr>
</tbody></table>Com a Reforma e a Contra-Reforma terminadas, temos as diveras liturgias orientais e as três grandes liturgias ocidentais: a tridentina (romana), a luterana e a calvinista.<br />
<br />
As liturgiais orientais não mudaram muito assim como a igreja oriental também não mudou. Algumas liturgias até são praticamente idênticas as liturgiais do período niceno e são executadas até os dias de hoje com pouquíssimas alterações. A igreja oriental é um monumento à antiguidade.<br />
<br />
A missa tridentina é a liturgia mais complexa, simbolicamente falando, das liturgias ocidentais, embora tenha já resumido muito as liturgias romanas anteriores a ela. Entretanto, assim como todas as outras liturgias da igreja do ocidente, não chega nem perto da imensidão ritualística de gestos, balanços, dramas, cheiros e vozes das liturgias das igrejas do oriente. A igreja ocidental é um monumento a seriedade teológica.<br />
<br />
Esta seriedade é ainda mais marcante no protestantismo. Na liturgia luterana, a missa é ainda mais simplificada do que a tridentina, por motivos óbvios de simplificação do cristianismo protestante, porém mais suntuosa na música.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCfwbZvQovRYCg7AhySSE6ghVmh9eOofY_LLgG151VGMx311oiz1HON0cnMwJge9mbz4FKTmrpAsnKf9Wn9Kpk5lDEF_aFXUMhrhVWfnBtM47FCsL9fpi6g766YKw4a7uUhGDaP843_qM/s1600/lutheran.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCfwbZvQovRYCg7AhySSE6ghVmh9eOofY_LLgG151VGMx311oiz1HON0cnMwJge9mbz4FKTmrpAsnKf9Wn9Kpk5lDEF_aFXUMhrhVWfnBtM47FCsL9fpi6g766YKw4a7uUhGDaP843_qM/s320/lutheran.jpg" width="252" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Missa Luterana</td></tr>
</tbody></table>Mas nada se compara com a seriedade da liturgia de calvino. A liturgia calvinista é extremamente áustera. Nada de música com vozes polifônicas ou fugas bachianas. Nada de ladainhas. As litanias de oração são longas, a homília é longa, e a música é <i>Sola Psalterium</i>, ou seja, somente letras dos Salmos ou das Escrituras.<br />
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<b>Os primeiros sinais anti liturgia</b><br />
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No século XVII, os protestantes estão preocupados em se conciliarem para fechar todos os pontos de sua liturgia e eclesiologia. No tempo dos reformadores, a igreja protestante era uma igreja romana com diferenças significativas. Na geração dos seus discípulos, os protestantes vão tentar fazer sua própria estrutura eclesiástica e a liturgia vai entrar em pauta.<br />
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<br />
A igreja inglesa, que se tornou protestante as pressas por decreto real, agora precisa ser realmente organizada como igreja, e não mais como um pretexto dos mimos dos reis. Os ingleses protestantes que estavam agora no poder na política, conseguiram estruturar uma igreja séria e primorosa. Nasce a igreja anglicana feita das mãos dos puritanos, a segunda geração de calvinistas, sob a teologia de Calvino e com uma liturgia muito parecida com a romana, mais ainda do que a de Lutero. É a missa anglicana. Os puritanos mais sérios detestaram.<br />
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<br />
Os puritanos são para os protestantes, o que os franciscanos eram para os romanos no século XIII. Eles não querem apenas uma igreja, eles querem uma igreja limpa como o Sangue do Cordeiro. Sua obsessão por pureza os levam a serem tratado sarcasticamente como puritanos. Essa nova geração de calvinistas difere da primeira geração por se preocuparem mais com piedade do que com a teologia.<br />
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<br />
O racha na igreja anglicana é claro. Todos os puritanos se juntam e cismam com a igreja anglicana, eles vão formar igrejas separadas da nacional com uma forma de governo diferente (governo presbiteriano como o escolhido pela igreja escocesa ou outras formas de governo mais simplificadas que no geral serão chamadas de igrejas reformadas) e com uma liturgia puritana. É a tradição presbiteriana, que antes era local na Escócia, mas agora desponta em todas as ilhas inglesas. O presbiterianismo está sendo definido nas mãos dos puritanos e sua liturgia é extremamente minimalista, ou melhor, é um culto conhecido como sem liturgia.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgIyqxK5xVznF2B4NMJDjWOJbecmlxMTaXmGaMmGL2qqv0voO5Lr74tFhNYzs60F-lpyfxhwfPVmDwpmi24gt1GRR5lh8Xkd_wMJQDgYY_f-W3cHSKCM2ZQbd86qSUZYfMJsxOMK6D9ng/s1600/puritan.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgIyqxK5xVznF2B4NMJDjWOJbecmlxMTaXmGaMmGL2qqv0voO5Lr74tFhNYzs60F-lpyfxhwfPVmDwpmi24gt1GRR5lh8Xkd_wMJQDgYY_f-W3cHSKCM2ZQbd86qSUZYfMJsxOMK6D9ng/s400/puritan.jpg" width="400" /></a></div>A única liturgia visível no culto puritano é a liturgia da Palavra e a liturgia da Eucaristia. A música é a mesma de Calvino, salmos à capela, mas eles vão mais longe: não há litanias nem orações escritas. As orações são expontâneas, a homília é imensa. A roupa sacerdotal é apenas uma batina preta e não há cores em lugar nenhum. Alias, os puritanos se vestem quase todos de preto, inclusive suas mulheres que não aderem aos vestidos chamativos daquele século ainda renascentista. A arquitetura templária é praticamente ignorada, suas igrejas mais parecem casinhas de madeira com um sino pendurado.<br />
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<br />
Os puritanos seguem ao pé da letra o Princípio Regulador de Culto. Existem dois princípios criados para guiar a liturgia no protestantismo: o regulador e o normativo. O normativo diz que tudo que a Bíblia não proibe é permitido. É a visão de Lutero, é a visão da recente estruturada igreja anglicana e é a visão que será adotada séculos depois pelos evangélicos e pentencostais. É a brecha que vai permitir o gospel dentro das igrejas com dança e palmas no sul dos EUA e tudo mais que vem disso.<br />
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O princípio regulador é o princípio calvinista e que só foi adotado pelos calvinistas e por mais ninguém entre os protestantes. Ele diz que só é permitido aquilo que está na Bíblia. Os puritanos usam esse princípio para estabelecerem sua liturgia super resumida que está em uso até hoje em diversas igrejas presbiterianas e reformadas pelo mundo, mas muito restritamente.<br />
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Os reformados e presbiterianos com o tempo, especialmente a partir do século XVIII, vão discutir novamente a respeito da liturgia e vão desfazer a rigidez do puritanismo e voltar a usar aspectos que antes foram encontrados na própria liturgia de Calvino e alguns pontos da liturgia de Lutero ou dos anglicanos. Surge assim uma liturgia que não é tão parecida com a missa, mas que não é tão limitada quanto o culto puritano. É a liturgia reformada.<br />
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A liturgia reformada vai ser a liturgia preferencial entre os calvinistas e a puritana vai ser para eles assim como a tridentina é para os romanos depois do Concílio Vaticano II, vai ficar restrita a pequenas comunidades.<br />
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<b>A liturgia enfraquece com as igrejas do século XX<br />
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O século XX chegou e com ele as igrejas pentecostais. O "fogo" pentencostal lambe todos com sua nova forma de cultuar a Deus: eles falam alto, eles se mechem, eles não ficam em silêncio, eles falam em línguas estranhas. Liturgia não está em seu vocabulário.<br />
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Se Calvino não gostava de órgão, é porque ele não viveu na modernidade. A partir do século das igrejas pentecostais e depois das igrejas carismáticas, entram na lista de instrumentos de culto: piano, violão, teclado, guitarra, bateria, e por ai vai <br />
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Como se isso não bastesse, a idéia carismática entra nos portões das igrejas tradicionais. A igreja romana, com seu Concílio Vaticano II, coloca a liturgia tridentina no chão e permite a criação de novas liturgias adaptadas ao novo século. Agora eles cantam no vernacular e aceitam outros instrumentos musicais. Logo terão paróquias católicas carismáticas. Agem como pentecostais cantando gospel.<br />
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<br />
Isso não demora a chegar nas igrejas protestantes. Os anglicanos, luteranos e presbiterianos já estão afrouxando suas liturgias para se adaptar aos novos tempos. Outras igrejas não tão novas como os batistas e metodistas também. As fileiras dos inconformados com essa fraqueza liturgica não param de crescer enquanto que suas paróquias não param de diminuir. O mundo mudou, os mais jovens acham liturgia muito chato, as meninas não querem suas saias debaixo do joelho, véu é coisa de velhinha.<br />
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A igreja agora é majoritariamente carismática e a liturgia é assunto de segundo plano.<br />
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Continua na Parte IIIUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-6109228289275312772011-09-08T18:08:00.003-03:002011-09-18T17:28:41.297-03:00A Liturgia da Santa Comunhão - Parte I<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXGAMu2tL_Wpn6Z4hMGY8Cih42nd9BHnh0pl_ZFQRSlqBDj5F6QlzDNuEgc4SBfdXquOJ9EWJMeEP3vvmMCG8mODiK-rNgR80dld9_HIb1vwiVVD5WA0wFuV1GnN_QbApUCLzmiz6fpLs/s1600/communion.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXGAMu2tL_Wpn6Z4hMGY8Cih42nd9BHnh0pl_ZFQRSlqBDj5F6QlzDNuEgc4SBfdXquOJ9EWJMeEP3vvmMCG8mODiK-rNgR80dld9_HIb1vwiVVD5WA0wFuV1GnN_QbApUCLzmiz6fpLs/s400/communion.jpg" width="263" /></a></div><br />
Na cristandade, existe uma infinidade de costumes no que diz respeito a Santa Comunhão. Uma clara evidência são seus diversos nomes. Os romanos a chamam de Santa Missa, os orientais a chamam de Divina Liturgia, os protestantes em geral a chamam de Culto Sagrado. Essas diferenças na nomeclatura obviamente representam diferenças substanciais no modo de fazer, no ordenamento da Comunhão, ou seja, na liturgia. Liturgia nada mais é do que a ordem de organização da Comunhão. Um costume mais que milenar que representa o zelo da Santa Igreja no executar da celebração da Comunhão dos Santos e da adoração pública do Nosso Deus.<br />
<br />
<br />
O fato é que a liturgia perdeu força a partir do século XX. Com a chegada do liberalismo teológico, dos costumes carismáticos e da crescente desejo de modernização do culto, o clero das igrejas tradicionais deliberadamente permitiu o afrouxamento sistemático da liturgia enquanto que as novas igrejas foram fundadas ignorando sua devida importância. Um erro proporcional a falta de decoro que os cristãos já se acostumaram a ver nos costumeiros vídeos de pastores na internet que no mundo de 50 ou 60 anos atrás facilmente seriam internados num manicômio.<br />
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<a name='more'></a><br />
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<b>Por que a liturgia é necessária?</b><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAyesASR2jXdH90UUgDl5zt70zJX2A9xFdI7cxeh1jh6jXyuJuGNzjxdIEkz2uat7u2DOiHdZZ2IoHMSSwgxt2S50tCVR0DtEGp8npWst0xzg8ZndXl1gx6wk1kEp7a2mioTK2OQ0e-Wc/s1600/The-Last-Supper.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAyesASR2jXdH90UUgDl5zt70zJX2A9xFdI7cxeh1jh6jXyuJuGNzjxdIEkz2uat7u2DOiHdZZ2IoHMSSwgxt2S50tCVR0DtEGp8npWst0xzg8ZndXl1gx6wk1kEp7a2mioTK2OQ0e-Wc/s400/The-Last-Supper.jpg" width="400" /></a></div><br />
Os primeiros inimigos da liturgia diriam que ela é a representação da idolatria ou que ela pertence ao mundo dos rituais pagãos. Outros inimigos diriam que a liturgia não está de acordo com a pureza do culto a Deus, especialmente no culto que os Santos Apostólos faziam, um culto simples, isto é, a liturgia foi uma adição supersticiosa.<br />
<br />
A verdade é que ninguém sabe exatamente como era o culto dos nossos apóstolos, afinal eles nunca o registraram com detalhes. Eles, em suas epístolas, escreveram aquilo que era mais importante: a pregação do Evangelho.<br />
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No entanto uma coisa foi deixada por eles: o zelo da repetição no celebrar da Eucaristia. Quando Nosso Senhor disse "fazei isto em memória de mim" ele estava dizendo "repita isso para sempre em memória de mim". A partir do momento que se começa a repetir uma coisa sistematicamente, ou seja, ritualmente, a liturgia já está feita. Liturgia, é, antes de tudo, repetição. Repetição ordenada. Dito isto: a celebração da comunhão é liturgica em si mesma.<br />
<br />
Há ainda outros sinais bíblicos. O mais conhecido deles é a Oração Dominical. Jesus disse "orai assim", ou seja, "fale assim quando for orar". A oração do Pai Nosso é uma oração escrita que pode ser repetida pelos santos como uma forma santa e zelosa de orar. Isto é liturgia. As palavras do Batismo e as palavras da instituição da Santa Ceia que são ditas pelo ministro antes do partir do pão, são dignas repetições. Isto é liturgia.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbSJx9mxgjNqnvwIcrXeX46MfQA0-7vkbazhghffnS8B3-d_Ot1nRxLNnZtR1SGssMxEMqprY0LRPWu4Klq02ASXgS_wkGoKZlztqXyS_TQBo1T7QsOpE9yNhA48u6nHlghjvj7Ny_rXE/s1600/18%252C+Divine+Liturgy%252C+Damaskinos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbSJx9mxgjNqnvwIcrXeX46MfQA0-7vkbazhghffnS8B3-d_Ot1nRxLNnZtR1SGssMxEMqprY0LRPWu4Klq02ASXgS_wkGoKZlztqXyS_TQBo1T7QsOpE9yNhA48u6nHlghjvj7Ny_rXE/s640/18%252C+Divine+Liturgy%252C+Damaskinos.jpg" width="507" /></a></div><br />
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Há ainda uma rica liturgia bíblica muito mais desenvolvida: a liturgia dos anjos, que pode ser encontrada em muitas partes das Santas Escrituras, mas com muita perfeição no Apocalipse. Lá temos uma série de visões celestiais onde os anjos e toda a corte divina adoram Nosso Deus com cânticos, proclamações e um ordenamento santo. É a liturgia dos céus. É a organização celestial da digna presença divina.<br />
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<b>A liturgia através dos tempos</b><br />
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Embora seja fato que a Igreja sempre foi liturgica, não há liturgias escritas antes da igreja nicena. A igreja primitiva era ilegal, portanto a Comunhão era celebrada em cavernas, casas e em muitos lugares sombrios distantes da visão pública. Os cristãos comungavam em segredo e com medo. Traços de liturgia são encontrados, porém, registrados ainda por volta do segundo século, como podem ser lidos na Primeira Apologia de São Justino. Ali se vê que igreja pré-nicena tinha um ordenamento de culto desde muito cedo.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCPkFbQncHFMQPH0Tn0qfUG5FeUWTyl3rHGlp1auAzyDNjNZV5LYaUPLWD7zeFEn6C77gZUveana9TaBogYUgSCnX5O3ZjH9amJQKFgyQF8KBWbh0C_BeyzL-QeHh5CLdw4ksEotVFY4/s1600/Image6733.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCPkFbQncHFMQPH0Tn0qfUG5FeUWTyl3rHGlp1auAzyDNjNZV5LYaUPLWD7zeFEn6C77gZUveana9TaBogYUgSCnX5O3ZjH9amJQKFgyQF8KBWbh0C_BeyzL-QeHh5CLdw4ksEotVFY4/s320/Image6733.gif" width="229" /></a></div>As primeiras liturgias registradas só vão ser encontradas a partir da igreja legalizada perto do período niceno. A mais antiga liturgia completa registrada é a Liturgia Clementina, que data do início do quarto século. É tão antiga que é possível ver ainda traços de uma igreja que não passou por nenhum concílio ecumênico. Ela possui a parte dos catecûmenos separada da parte dos fiéis (ou seja, havia um culto aberto àqueles que não tinham professado publicamente a fé e outro que era restrito aos já fiéis), separação que logo começou a cair em desuso depois do Concílio de Nicéia quando todos os cidadãos do Império Romano já eram cristãos e portanto consideravelmente fiéis. Nela também faltam vários traços teológicos que só poderiam existir depois dos grandes concílios.<br />
<br />
No período niceno centenas de liturgias começam a aparecer e elas vão refletir tradições locais. Como o período niceno é um período de organização eclesiástica, tendo em vista que está nascendo uma religião cristã legalizada, fica evidente que essas liturgias nada mais são do que formalizações daquilo que já era feito de forma oral antes.<br />
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<b>Os primeiros aspectos da liturgia</b><br />
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As orações e a repetição da celebração eucarística vem do tempo do Colégio Apostólico, entretanto alguns aspectos começam a entrar em uso a partir do período dos concílios ecumênicos e no desenvolvimento da teologia através dos séculos. Outros aspectos vão surgir por puro zelo dos santos ou por honrarias. Por exemplo, as primeiras vestimentas para os oficiais da igreja começam a surgir já no período do imperador Constatino. A história registra que ele mesmo presenteou um clérigo com uma roupa sacerdotal.<br />
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Um exemplo do zelo da igreja é o uso do vinho que começa a modificar. Na igreja primitiva provavelmente o Pão e o Vinho eram servidos como foi na Última Ceia, mas já no período niceno mudanças começam a ocorrer. O vinho já começou a ser distribuido em pequenas quantidades, não mais em taças. Algumas igrejas começaram a distribuir em colheres e outras chegaram a misturar o vinho com água, tanto para representar a água que saiu do corpo do Nosso Senhor, como também para evitar bebedeiras. Um Santo Pai da Igreja chegou a lamentar, naquele tempo, a respeito de uma menina que ao comungar, ficou bêbada com o vinho da comunhão.<br />
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Nas falas sobressaíram as orações que eram escritas para que o povo pudesse orar devidamente e para que o ministro pudesse se dirigir a Deus dignamente, assim como Jesus ensina que o Pai Nosso é uma oração digna. Com o tempo, vão surgindo os lecionários que vão agrupar leituras da Bíblia para serem lidas sistematicamente naquilo que começou a se chamar de Missa. Missa que vem da frase "Ite, missa est", a frase em latim que era dita pelo ministro ao terminar a cerimônia que quer dizer "Podem ir, estão liberados".<br />
<br />
O drama também foi introduzido na liturgia. Mais do que apenas falar e orar, o gesticular do ministro servia como exemplo do drama da Paixão de Cristo. Assim surge o jeito do ministro mecher as mãos, a maneira como os oficiais da igreja entram no templo, etc. Tudo representando um teatro santo da vida de Cristo. Um recurso notável num tempo em que o povo tinha escasso acesso a Bíblia (afinal, não havia imprensa e a atividade copista era difícil e cara). A liturgia então surgia como uma fórmula certa de apresentação do Evangelho de Cristo para toda aquela massa de gente que adentrou na Igreja no período em que o cristianismo virou religião oficial do Império Romano.<br />
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A liturgia nunca mais saiu de cena. Se tornou a maneira mais correta de se cultuar publicamente a Deus. Um esforço universal na tentantiva de manter o povo digno diante da Palavra de Deus. A liturgia parecia até que se encrostava nas paredes dos recentes templos que agora os cristãos tinham para si. Nos templos, para honrar a Deus, os cristãos vão usar o que tem de melhor para adornar esse ambiente onde o povo comunga e onde a liturgia da missa é realizada. Surge a arquitetura templária, o incenso é usado para dar a Deus os odores mais luxuosos e depois de alguns séculos, os ícones vão embelezar os templos e auxiliar na demonstração do Evangelho para o povo não letrado.<br />
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<b>A liturgia da Reforma</b><br />
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A Idade Média chegou e muita coisa começou a ser alterada. O Vinho já não era mais distribuido em todas as igrejas, pois entrou em uso a hóstia. Uma roupa sacerdotal ordinária, a batina, se tornou roupa diária obrigatória para todo o clero, especialmente na igreja ocidental. Era uma forma de separar o clero do povo. Cores e mais cores foram surgindo para cada época do ano e para cada nível de oficial da Igreja. O clero agora é luxuoso como as grandes famílias reais. Na igreja ocidental, o latim virou lingua liturgica, embora na igreja oriental o idioma vernacular continuava a ser usado.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMXCmaKRoujNfJA2Q_0zns0HMp7NFIzMUYN2FlavbhWb2DPCGl6VJHVd7cB6KRWs2HHGjVkBmoOOQiICn3CIDjYFHUH3dHCLBdOlYoum8Wh8SB295VXV_cWaWspn9DtKTbutdJPqQoUec/s1600/stJohn_Chrysostom.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMXCmaKRoujNfJA2Q_0zns0HMp7NFIzMUYN2FlavbhWb2DPCGl6VJHVd7cB6KRWs2HHGjVkBmoOOQiICn3CIDjYFHUH3dHCLBdOlYoum8Wh8SB295VXV_cWaWspn9DtKTbutdJPqQoUec/s1600/stJohn_Chrysostom.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">São João Crisóstomo</td></tr>
</tbody></table>As pregações já não eram como antigamente. O sermão, ou homilia, só era feito com desenvoltura por poucos padres, já que no geral, era apenas um sermão rápido e repetitivo. Na antiguidade, nos tempos dos Pais da Igreja, o sermão não era tão ralo, muito pelo contrário, eram sermões de impressionar. São João Crisóstomo, Santo Atanásio e Santo Agostinho eram conhecidos por atrair multidões para ouvirem suas pregações. Na época, alguns cristãos chegavam até mesmo a lamentar o fato de que muitas pessoas queriam ir a igreja só pra ouvir o sermão do padre, que eram monumentos à oratória. O mesmo se dizia das cartas, a literatura epistolar cristã.<br />
<br />
Mas isso já não existia com tanta força na idade média, o clero era extenso, mas raso. A igreja estava enfraquecida. Os poucos grandes pregadores acabavam pregando contra a própria cristandade e entre eles estava Lutero.<br />
<br />
Lutero trouxe a Reforma e a Reforma trouxe mudanças na liturgia. Ela ficou um pouco mais simplificada, já que os reformadores diziam que a igreja já estava cheia de superstição. O latim foi abandonado, voltando ao vernacular dos tempos nicenos. A homilia voltou a ser valorizada. Simplificou-se cores liturgicas, roupas, orações, elementos da missa, fazendo surgir assim novas liturgias no ocidente, já que na igreja romana, já não tinham mais muitas liturgias como ainda tinham na igreja oriental. A igreja romana, por um motivo ou outro, tinha costume de substituir o rito local pelo rito da capital romana. Era uma idéia forte de uniformização vinda do Vaticano. Na idade média alguns ritos locais no ocidente foram pra sempre substituídos e depois do rito oficial tridentino, que também foi uma forma de simplificação e reorganização da missa pós reforma protestante, a diminuição no número de liturgias da agora igreja romana (que não significava mais igreja ocidental) foi ainda mais acentuada.<br />
<br />
Continua na Parte IIUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-18872944161326170282011-08-25T17:39:00.002-03:002011-08-25T17:41:33.586-03:00Evangélicos Não Praticantes<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Antigamente era muito comum receber a seguinte resposta quando se perguntava a religião de alguém:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">"Sou católico não praticante".</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Isso porém deixou de ser privilégio do catolicismo.</span></div><a name='more'></a><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div class="col c16 materia" style="text-align: center;"><div class="box t16"><div class="header"><h1 style="color: yellow; font-weight: normal;"><span style="font-size: large;">Evangélicos: fé longe do templo</span></h1><h1 style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> <a href="http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/08/noticias/a_gazeta/dia_a_dia/940367-evangelicos-fe-longe-do-templo.html" style="font-weight: normal;">A Gazeta | </a><span style="font-weight: normal;">O espaço físico para as reuniões continua garantido, assim como os cultos e a postura de liderança do pastor. Mas a consciência de que o templo estará onde eles estiverem ajudou a aumentar o número de evangélicos que se dizem independentes e não se prendem a uma instituição. Segundo dados do IBGE (apresentados pela Folha de São Paulo), o número de evangélicos sem vínculo com igrejas chega a 4 milhões no país, quatro vezes mais do que em 2003.</span><br style="font-weight: normal;" /><br style="font-weight: normal;" /><span style="font-weight: normal;"> É o que acontece com os frequentadores da comunidade Caminho da Graça, em Itapoã, Vila Velha. Há dois anos, quando 20 pessoas resolveram sair da igreja em que estavam, a solução escolhida foi usar as casas dos participantes para manter a união e a vivência em comunidade.</span></span></h1><h1 style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">"Não importava onde estávamos, mas sim a nossa intenção. Entendemos que ter o espaço físico não é o mais importante. O que vale é a nossa relação com Deus", defende Venilda Aguiar, 59 anos, uma das fundadoras do grupo.</span><br />
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<span style="font-size: small; font-weight: normal;">A última reunião sem uma sede para a comunidade foi na casa dela. Até que surgiu a necessidade de se compartilhar um espaço. "As casas já não comportavam tanta gente. Então conseguimos alugar um local, que hoje mantemos com outros trabalhos, como um bazar", diz Ana Dalva Corrêa, 60 anos.</span><br />
<br style="font-weight: normal;" /><span style="font-weight: normal;"> Todos que estão hoje na comunidade - cerca de 80, ao todo - eram de alguma igreja evangélica e afirmam ter saído da denominação por algum desagrado ou desinteresse, principalmente em relação às regras impostas.</span><br />
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<span style="font-size: small; font-weight: normal;">"As pessoas se decepcionam e trocam de igreja ou preferem se reunir em grupos. Outras vão a várias instituições, mas não se prendem a nenhuma. O que importa é estar sempre em contato com Jesus", frisa o pastor da Igreja Metodista Wesleyana Luiz Carlos dos Santos.</span><b><span style="font-size: x-small;"><span style="font-weight: normal;"> </span><br />
</span></b></span></h1><div style="text-align: center;"><span style="color: yellow; font-size: large;">Pontos de vista</span><span style="color: yellow; font-size: large;"> </span><br />
<span style="color: yellow; font-size: large;">Self-service religioso</span></div><h1 style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> <br />
<span style="font-weight: normal;">"A mudança constante de igreja e a opção por não se fixar a nenhuma é um exemplo claro do que o sociólogo Zygmunt Bauman defende como "sociedade líquido-moderna". As pessoas têm o costume de não assumir compromissos, seja num relacionamento amoroso, seja com um emprego fixo, seja com uma igreja ou religião. É um self-service religioso, sendo aproveitado o que lhe interessa e quando há interesse", </span><i style="font-weight: normal;">Vitor Nunes Rosa, teólogo e professor de Filosofia<br />
2011/08/evangelicos-nao-praticantes.html<br />
</i><span style="font-weight: normal;">"Essas pessoas, em algum momento, ficaram insatisfeitos com a igreja em que estavam, seja porque se desiludiram com os ideais dela, seja porque não querem seguir regras e diretrizes traçadas pela instituição. Eles defendem que a igreja não deve ser representada por um espaço físico. O Reino de Deus não fica ali. O que importa é a intimidade que você cria com Ele, independentemente do local", </span><i style="font-weight: normal;">Abílio Rodrigues, pastor da Igreja Batista da Restauração</i></span></h1><h1 style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span> </h1></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4408582133865286220.post-64093642601901233322011-08-24T10:19:00.004-03:002011-08-24T14:21:17.761-03:00Perdendo (IN) Fiéis<div style="text-align: justify;">Bom... Vou tentar ser bem simples aqui (estou sem tempo para escrever agora) mas o "resumo da ópera" é o seguinte:</div><div style="text-align: justify;">O relativismo religioso de nossos sacerdotes , a visão atual de muitos homens na igreja de que "basta ser bom para ser salvo", a ponte chamada "renovação carismática" que ajuda católicos indecisos a se transformarem em pentecostais convictos, a igreja que "caminha em direção ao povo e ao mundo moderno" mas que não se preocupa em colocar esse mesmo povo no caminho de Deus, padres cantores, frades dançarinos e todo esse circo dos horrores que tenta a todo custo tornar a Esposa de Cristo (Igreja) uma adultera imunda, só podia acabar nisso ...<br />
<br />
<a name='more'></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="color: yellow; text-align: justify;"></div><div style="color: yellow; text-align: center;"><span style="font-size: large;">Fé Catolica em Declinio no Brasil</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: yellow; font-size: large;">Evangelicos Crescem 13,3% em Sete Anos</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/08/23/fe-catolica-continua-em-declinio-no-brasil-evangelicos-crescem-13-3-em-sete-anos-diz-fgv-925184686.asp" target="_blank">O Globo</a> | RIO – A fé católica continua em declínio no Brasil. Em 2009, segundo o “Novo Mapa das Religiões”, divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o país possuía a menor proporção de católicos entre as demais religiões em comparação com décadas anteriores. A diminuição, desde a década de 90, é acentuada, embora os brasileiros católicos ainda sejam maioria: <b>em 1991, 83,34% da população era católica; em 2000, 73,89%; e, em 2009, 68,43% das pessoas foram identificadas como católicas</b>. O inverso ocorreu com as religiões evangélicas: só entre 2003 e 2009, a população dessas religiões cresceu 13,13%. A população de evangélicos representa, em 2009, <b>20,23% da população</b>.</div><div></div><div style="text-align: justify;">O estudo da FGV também mostra que cresce o número de pessoas que não possuem religião – <b>de 5,13%para 6,72%</b> no mesmo período, entre 2003 e 2009. <b>As mulheres são hoje, como sempre foram no Brasil e no mundo, mais religiosas do que os homens</b>: 5% delas não possuem crença, contra 8,52% deles.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">De acordo com o mapa, <b>os estados mais católicos são os da Região Nordeste, com 74,9% de sua população</b>. <b>No estado fluminense, que sediará a Jornada Mundial da Juventude, com a presença do Papa Bento XVI em 2013, menos da metade da população se diz católica (49,83%)</b>. O Rio de Janeiro ainda é a segunda unidade da federação no ranking dos mais descrentes – tem 15,95% da população sem religião. O Piauí é o primeiro colocado. O estado do <b>Rio é recordista em religiões espíritas</b> (3,37%), <b>afro-brasileiras</b> (1,61%) e segundo nas religiões orientais (0,69%), perdendo apenas para São Paulo (0,78%). O estado com maior proporção de evangélicos petencostais é o Acre (24,18%).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois é ... Graças aos fatores que mencionei anteriormente , lá vamos nós perdendo nossos queridos (IN)Fiéis.</div><h2 style="text-align: justify;"><a href="http://fratresinunum.com/2011/08/24/fe-catolica-continua-em-declinio-no-brasil-e-evangelicos-crescem-133-em-sete-anos-diz-fgv/" rel="bookmark" title="Permalink to Fé católica continua em declínio no Brasil e evangélicos crescem 13,3% em sete anos, diz FGV."><br />
</a></h2><div style="text-align: justify;"><br />
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